(ANSA) - Em 2022, 449.118 autorizações de residência foram emitidas na Itália. A cifra é inédita nos últimos 10 anos, e representa um aumento de 85,9% em relação a 2021.
O movimento foi puxado para cima pela proteção temporária concedida aos cidadãos ucranianos após o início da guerra. Foram 148 mil documentos nessa categoria, sendo 36,8% para menores e 71,6% para mulheres.
As informações foram divulgadas no relatório "Cidadãos de fora da União Europeia na Itália", do Instituto Nacional de Estatística da Itália (Istat), divulgado nesta terça-feira (17).
O documento aponta ainda mais de 5 milhões de estrangeiros residentes na Itália em 2023, leve aumento em relação a 2022. Entre eles, 59,1% vivem no norte da Itália.
Mais de 1,6 milhão vivem em situação de pobreza absoluta, fazendo com que os imigrantes sejam cinco vezes mais pobres que os italianos.
O país registra um aumento das autorizações de residência para solicitantes de asilo, especialmente para cidadãos de Bangladesh e Paquistão.
Autorizações para trabalho aumentaram 32,2% entre 2021 e 2022, e as de estudo aumentaram 42,6%, passando de 25 mil, recorde desde 2013.
As autorizações de longo período, de ao menos cinco anos, diminuíram e hoje representam 60% das válidas. (ANSA).