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Polícia italiana prende 2 suspeitos de terrorismo em Milão

Dupla também é acusada de ameaçar a premiê Giorgia Meloni

Vice-premiês da Itália comemoraram as prisões

Redazione Ansa

(ANSA) - As autoridades italianas prenderam nesta terça-feira (17), em Milão, dois homens acusados de terrorismo, de espalhar propaganda jihadista online e financiar o grupo Estado Islâmico (EI).

A ação antiterrorismo foi deflagrada pela Divisão de Investigações Gerais e Operações Especiais (Digos) contra um egípcio e um italiano de origem egípcia, cujas identidades não foram reveladas, no norte da Itália

Os suspeitos são acusados de associação criminosa para terrorismo, instigação à prática de crimes para fins terroristas e de financiar as causas do Estado Islâmico.

Segundo o promotor de Milão, Marcello Viola, eles eram "extremamente ativos na propaganda digital e no proselitismo em nome do Estado Islâmico e supostamente fizeram um juramento de pertencimento e lealdade" ao grupo jihadista.

A dupla também é acusada de enviar dinheiro a um combatente do EI e às viúvas de jihadistas do grupo, além de serem suspeitos de fazer ameaças a instituições estatais e contra a primeira-ministra Giorgia Meloni, informou a agência italiana AGI.

Os homens teriam publicado comentários em apoio ao Estado Islâmico e contra o Ocidente em grupos de Telegram, Facebook e WhatsApp frequentados por extremistas. No entanto, a polícia italiana informou que eles não estavam prontos para agir.

"Temos vídeos de violência também inerentes à realização de atos terroristas fora dos cenários do Oriente Médio. Há alguns horríveis, com crianças com rostos descobertos atirando com pistolas contra prisioneiros que dizem eles pertenciam à polícia síria ou a outros exércitos que se opunham ao EI", explicou o procurador de Milão, Alessandro Gobbis, chefe da investigação.

De acordo com Gobbis, "isso nos faz compreender a atenção quase mórbida do EI às crianças". "É um tema recorrente o de crianças sendo treinadas no uso de armas e na violência".

A prisão ocorre um dia após um atirador matar dois suecos durante um ataque a tiros em Bruxelas, mas, de acordo com a polícia, não há qualquer sugestão de ligação entre os casos. Além disso, acontece na esteira da guerra entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas, que já provocou mais de 4,2 mil mortos, sendo 2,8 mil do lado palestino e 1,4 mil do lado israelense. 

Os dois vice-premiês da Itália, Antonio Tajani e Matteo Salvini, comemoraram as prisões, com o chanceler italiano prometendo uma "linha dura contra o terrorismo". (ANSA).
   

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