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Itália interceptou e repatriou 2 jihadistas que chegaram via mar em 2023

Autoridades do país estão em alerta para evitar terrorismo

Migrantes chegaram via mar durante este ano, mas foram detidos

Redazione Ansa

(ANSA) - O ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, revelou nesta sexta-feira (20) que dois combatentes jihadistas da região norte-africana do Magrebe chegaram ao país via mar neste ano, mas logo foram identificados e repatriados.

"Este ano, em pelo menos dois casos, interceptamos indivíduos que não eram de confiança, para os quais tínhamos vestígios de ligação com organizações de radicalização islâmica nos países de origem: foram presos e repatriados", afirmou ele em entrevista na Rádio Rai Uno.

O segundo indivíduo era jovem e foi capturado em abril passado, após verificações em um ponto de acesso para migrantes em Messina, na Sicília, conforme divulgado por fontes investigativas.

De acordo com Piantedosi, "a luta contra a imigração irregular é uma coisa e a luta contra o terrorismo é outra: a chegada por mar nos permite interceptar de forma mais eficaz, como tem acontecido".

O ministro explicou que é possível ter esse controle porque os centros de acolhimento de primeira entrada estão organizados e conseguem informações através de uma combinação de bases de dados.

A declaração é dada no dia em que as autoridades italianas iniciaram um processo de expulsão de um cidadão tunisiano que foi preso após gritar ameaças contra judeus perto da sinagoga de Turim, bem como contra o líder religioso do local.

O anúncio foi feito pelo subsecretário do Interior, Nicola Molteni, que explicou que "o estrangeiro, que na ocasião também ergueu uma faca contra os agentes, foi preso por resistir a um funcionário público, portar instrumentos capazes de ofender, violar as regras de imigração e por incitar à prática de crimes por razões étnicas, raciais ou discriminação religiosa".

Nos últimos dias, a Itália e diversos países da Europa entraram em alerta pelo risco de terrorismo, principalmente devido aos ataques extremistas ocorridos na França e na Bélgica e ao aumento de tensão no Oriente Médio, por causa da guerra entre Israel e Hamas.

Protesto 

O vice-premiê da Itália, Matteo Salvini, convidou todos os italianos para participarem no próximo dia 4 de novembro de uma manifestação pacífica em Milão, para reiterar a importância da liberdade e da democracia, da luta contra o terrorismo, o antissemitismo e o fanatismo islâmico.

"As conquistas e os direitos fundamentais que caracterizam o Ocidente não podem ser questionados. Em um momento de graves tensões, a Itália tem o dever de ressaltar o seu lugar entre os países democráticos e livres", afirmou o secretário da Liga.
    (ANSA).
   

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