(ANSA) - Em uma sessão especial de emergência da Assembleia Geral da ONU, convocada para discutir o conflito no Oriente Médio, a Palestina pediu que os representantes dos demais países "escolham a paz".
"Parem as bombas e salvem vidas. As vidas dos 2,3 milhões de civis em Gaza, as vidas das crianças, 3 mil crianças inocentes foram mortas por Israel nas últimas três semanas", disse o embaixador palestino na ONU, Ryad Mansour.
"É essa a guerra que alguns de vocês estão defendendo? Essa guerra pode ser defendida? Esses são crimes, barbárie. Parem-na pelas vidas que ainda podem ser salvas", prosseguiu, com a voz embargada.
Em seguida, o embaixador israelense, Gilard Erdan, disse que a sessão "não tem nada a ver com a paz": "Essa guerra não tem nada a ver com os palestinos, é uma guerra contra os terroristas do Hamas. Hamas não se preocupa com os palestinos, tem o único objetivo de eliminar todo judeu da face da terra".rdânia em nome dos países árabes, focado no cessar-fogo imediato em Gaza.
Em seguida, o embaixador israelense, Gilard Erdan, disse que a sessão "não tem nada a ver com a paz": "Essa guerra não tem nada a ver com os palestinos, é uma guerra contra os terroristas do Hamas. Hamas não se preocupa com os palestinos, tem o único objetivo de eliminar todo judeu da face da terra".
Ele também disse que nenhum filme de terror pode ser comparado à brutalidade do ataque dos "monstros do Hamas" e classificou a resolução jordaniana como "ridícula", reclamando que não menciona o Hamas.
"Os hospitais e os civis devem ser protegidos só se não forem israelenses? Quando se lê esse rascunho o Hamas parece ter se perdido. É uma vergonha para a sua inteligência, é uma loucura que um texto que nem menciona o Hamas seja levado em consideração para ser votado", afirmou.
Ele também pediu que os presentes "fiquem do lado certo da história" e reprovem a resolução. "Unidos pela paz? Unidos para estraçalhar em pedaços cada israelense", disse, citando o título do documento.
"Nosso objetivo é erradicar o Hamas completamente, e usaremos qualquer meio à nossa disposição para levar isso até o fim, não por vingança, mas para que suas brutalidades não se repitam. O cessar-fogo daria ao Hamas a possibilidade de se rearmar", alertou.
Gilad Erdan também deixou um QR Code nas cadeiras dos representantes que leva a um vídeo sobre os horrores cometidos no ataque a Israel. "Nada pode mudar uma ideologia genocida. Há só uma solução para curar um câncer e é a eliminação de todas as células cancerígenas", disse.
Hamas
Também nesta quinta-feira (26), o exército israelense informou que matou em um ataque aéreo o vice-chefe de inteligência do Hamas, Shadi Barud, considerado o braço direito do chefe político da organização, Yahya Sinwar.
Barud é considerado por Israel um dos responsáveis pelo planejamento do ataque do Hamas em 7 de outubro.
Israel também matou o comandante responsável pelo lançamento de foguetes na área de Khan Younis, Hassan Al-Abdullah. Ontem (25) também foi morto seu vice, Taysir Mubasher. (ANSA).