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ONU aprova resolução pedindo pausa humanitária

Assembleia Geral rejeitou condenação expressa ao Hamas

Assembleia emergencial das Nações Unidas

Redazione Ansa

(ANSA) - A Assembleia Geral da ONU aprovou nesta sexta-feira (27) o projeto de resolução apresentado pela Jordânia em nome dos Estados árabes que se concentra na trégua em Gaza, garantindo entrada de ajudas e impedindo deslocamentos forçados.

O texto, que não tem valor vinculante, obteve 120 votos a favor, 14 contrários (incluindo Estados Unidos e Israel) e 45 abstenções (incluindo Itália).

Na mesma sessão, a ONU rejeitou a emenda proposta pelo Canadá, com apoio dos EUA, que condenava "inequivocamente os ataques terroristas do Hamas" de 7 de outubro e pedia "soltura imediata e incondicionada dos reféns".

Votaram a favor 88 países, contra 55, além de 23 abstenções.

O Brasil votou a favor das duas propostas.

"Hoje é um dia que entrará para a história com infâmia, um dia sombrio para a ONU, que perdeu qualquer vestígio de relevância ou legitimidade", disse o embaixador de Israel na ONU, Gilad Erdan.

"Por que vocês defendem assassinos, terroristas que decapitam crianças? Vergonha", ele reiterou, afirmando que a resolução aprovada pela Assembleia Geral é "ridícula".

Incursão

O Exército Israelense lança nesta sexta-feira (27) uma incursão por terra na Faixa de Gaza mais ampla que as anteriores, mas não se trata ainda da grande invasão terrestre oficial anunciada há dias.

A informação foi dada pelo porta-voz Peter Lerner à ABC News.

Segundo ele, as forças de defesa estão expandindo as operações e que o Exército faz de tudo para evitar perdas civis, mas que "é uma guerra. Uma guerra que o Hamas começou".

"Hamas cometeu crimes contra a humanidade e sentirá nossa ira esta noite, a vingança começa esta noite", disse Mark Regev, conselheiro político sênior do primeiro-ministro israelense Benyamin Netanyahu, em uma entrevista para a Msnbc.

Hamas

O Hamas afirma estar "pronto" para uma possível invasão terrestre de Gaza por parte de Israel.

Um alto membro do grupo islâmico palestino deu a declaração após Israel anunciar a expansão de suas operações terrestres.

Ezzat al-Rishaq, um membro sênior do escritório político do Hamas, disse: "Se o primeiro-ministro Benyamin Netanyahu decidir entrar em Gaza esta noite, a resistência está pronta. Os restos de seus soldados serão engolidos pela terra de Gaza."

As Brigadas Qassam, o braço armado do Hamas, afirmaram ter "impedido uma incursão terrestre israelense em Beit Hanoun e na parte oriental de Bureij" (no nordeste e no centro da Faixa de Gaza), acrescentando que agora estão ocorrendo "confrontos violentos."

O Hamas também recebeu positivamente a resolução da Assembleia Geral da ONU que pede uma "trégua humanitária" na Faixa de Gaza, que tem sido alvo de bombardeios israelenses desde 7 de outubro: "Recebemos com satisfação a resolução da Assembleia Geral das Nações Unidas que pede uma trégua humanitária imediata e pedimos sua implementação imediata para fornecer combustível e ajuda humanitária aos civis."

(ANSA).
   

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