(ANSA) - O grupo fundamentalista islâmico Hamas divulgou nesta segunda-feira (30) um vídeo com três mulheres que foram apresentadas como reféns mantidas na Faixa de Gaza.
Na gravação, que tem pouco mais de um minuto de duração e foi divulgada pelos meios de comunicação do Hamas, as mulheres dirigiram mensagens ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu.
"Você prometeu libertar todos nós, mas, em vez disso, estamos pagando pelo seu fracasso político, de segurança, militar e diplomático. Não morreram cidadãos israelenses suficientes? Nos libertem agora", afirmou uma das reféns.
O chefe de governo israelense identificou as mulheres como Yelena Trupanob, Danielle Aloni e Rimon Kirsht. Ele ainda definiu o vídeo como uma "propaganda psicológica cruel".
"Eu abraço vocês, nosso coração está com todos vocês. Fazemos tudo o que podemos para trazer os reféns e as pessoas desaparecidas para casa", disse Netanyahu após a publicação do vídeo.
As emissoras israelenses estão evitando retransmitir o vídeo produzido pelo Hamas que mostra o apelo das três mulheres mantidas como reféns em Gaza.
"Essa é uma guerra psicológica do Hamas e, portanto, não é apropriado divulgar o vídeo", disse um jornalista da emissora Kan.
Alemanha
O Ministério das Relações Exteriores de Israel informou hoje que a jovem alemã-israelense Shani Louk, de 23 anos, foi encontrada morta. Ela havia sido sequestrada durante o ataque terrorista perpetrado pelo Hamas em 7 de outubro.
Louk, que era DJ, estava no festival de música eletrônica no sul de Israel, realizado bem no dia que o Hamas rompeu a fronteira entre a Faixa de Gaza e o país. Mais de 260 pessoas foram assassinadas durante o ataque, segundo o serviço de resgate israelense.
"Infelizmente, soubemos ontem que minha filha não está mais viva", lamentou a mãe da jovem em uma entrevista à emissora RTL.
Louk foi identificada em um vídeo sendo transportada indefesa e seminua em um jipe pelos combatentes do Hamas.
O chanceler alemão, Olaf Scholz, definiu a morte da mulher como um ato que "demonstra toda a barbárie por trás do ataque do Hamas".
Itália
O ministro da Defesa da Itália, Guido Crosetto, afirmou que as forças do país estão prontas para "todo o possível para ajudar os civis" afetados pelo conflito na Faixa de Gaza.
"É necessário fazer uma distinção clara entre o Hamas, que é uma organização terrorista perigosa que visa destruir o Israel, e o destino do povo palestiniano, que está sofrendo, sem culpa, graves consequências, lutos e tragédias", disse o chefe da pasta.
Resgate
Netanyahu celebrou hoje a libertação da soldada Ori Megidish pelas forças do país durante uma incursão por terra na Faixa de Gaza.
"Parabenizo o Shin Bet e os militares por esta conquista importante e emocionante. Uma conquista que expressa nosso compromisso com a libertação de todos os reféns", disse o premiê.
(ANSA).