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Centenas de estrangeiros poderão deixar Gaza neste sábado

Passagem de Rafah, com o Egito, voltará a ser aberta

Redazione Ansa

(ANSA) - Pelo quarto dia consecutivo, o posto de fronteira de Rafah entre Gaza e o Egito abrirá para a saída de estrangeiros, cidadãos de dupla nacionalidade e palestinos feridos.

A informação foi dada por fontes locais, que indicam que cerca de 800 pessoas se beneficiarão da passagem, mas o número exato não foi confirmado.

Já segundo uma fonte oficial egípcia citada pela CNN, a previsão é de que 730 cidadãos estrangeiros atravessem a fronteira.

Dentre eles, 55 são egípcios, 386 americanos, 112 britânicos, 77 franceses e 151 alemães.

Nesta sexta (3), mais 10 pessoas, sendo sete ítalo-palestinos, deixaram a Faixa de Gaza.

Os brasileiros seguem fora da lista. Também na sexta, o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, disse que o chanceler israelense, Eli Cohen, garantiu que eles poderão cruzar a passagem até a próxima quarta-feira (8).

Italianos

Minerva, uma menina italiana de seis anos que celebrou seu aniversário ontem (3), junto com sua mãe palestina, Bayan Alnayyar, e o trabalhador humanitário Jacopo Intini, com sua esposa palestina Amal, chegaram na noite desta sexta-feira na Itália.

No aeroporto Fiumicino, em Roma, o pai recebeu a menina e a esposa com emoção. Minerva estava cansada, mas sorridente, segurando um boneco da Minnie e um balão com a mensagem "Feliz Aniversário".

O grupo, que conseguiu deixar Gaza atravessando o posto de fronteira de Rafah, desembarcou por volta das 21h (horário local) em um voo da Ita Airways vindo do Cairo. 

As famílias de Minerva e Intini se despediram com abraços, já que o casal seguirá para a região de Abruzzo.

"Chegamos, mas não posso dizer que estamos muito felizes. Nossos pensamentos estão com as pessoas que ainda estão em Gaza, sob bombardeios, nossos amigos, colegas e parentes. Obviamente, não acredito que haja muito para comemorar. Estou feliz que a pequena Minerva e a mãe tenham conseguido chegar conosco", disse Jacopo Intini, na chegada.

UE

A proposta de um corredor humanitário via mar, com base no Chipre, para transportar ajuda aos civis de Gaza por meio de navios, pode ser aprovada por Israel sob a condição de "poder verificar os contêineres". 

A informação foi dada neste sábado (4) por fontes europeias a um pequeno grupo de mídia, incluindo o pool de agências de notícias da European Newsroom, da qual a ANSA faz parte. 

A proposta foi lançada na cúpula da União Europeia, nos dias 26 e 27 de outubro. A UE diz trabalhar intensamente com o Chipre para tentar estabelecer o corredor marítimo para a ajuda direcionada à Faixa de Gaza, sem mais passagens intermediárias pelo Egito.

Essas fontes também declararam que o voto sobre a resolução da Assembleia Geral da ONU para um cessar-fogo humanitário em Gaza reflete o "espelho do profundo passado que compartilhamos”, em referência às diferentes posições dos Estados membros da UE na votação.

"Vimos de posições muito diferentes em nossa história. Essa história está se repetindo. A própria Europa está em dificuldades", acrescentam as fontes, expressando surpresa com a posição tanto da França, que votou a favor, quanto da Alemanha, que optou pela abstenção. 

A Alemanha, segundo as fontes, "é conhecida por ser uma sólida aliada de Israel, e com boas razões". 

Olhando para o futuro, as fontes enfatizam a existência de "um consenso comum" sobre a necessidade de "pensar em como desenvolver uma solução de dois Estados, com todas as implicações e dificuldades", uma perspectiva que, no entanto, é considerada "impensável com o Hamas ativo".

Ataque a escola

Pelo menos 20 pessoas morreram no bombardeio de uma escola no norte de Gaza. 

A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, que é controlada pelo Hamas. 

Segundo o comunicado do Ministério da Saúde de Gaza, "20 pessoas morreram e dezenas de feridos foram levados ao Hospital Al-Shifa, na Cidade de Gaza, depois que uma escola transformada em um campo improvisado para deslocados foi diretamente alvo na área de al-Saftawy, no norte de Gaza".

O comunicado também mencionou que vários tiros de tanques atingiram a escola.

(ANSA).
   

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