(ANSA) - Em meio a confrontos, a Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil), maior sindicato da Itália, e a União Italiana do Trabalho (UIL), outro dos maiores, marcaram uma greve para a sexta-feira (17) contra medidas do governo da premiê Giorgia Meloni.
O vice-premiê e ministro da Infraestrutura e Transportes, Matteo Salvini, pediu "respeito às regras" e fez um "apelo ao bom senso": "Uma minoria de filiados a siglas radicais não pode prejudicar todo um país".
A oposição apoia a parada. "Meloni humilha os trabalhadores pisoteando seus direitos de greve", disse Elly Schlein, do Partido Democrático (PD). "Subscrevemos completamente as razões da greve", disse o líder do antissistema Movimento 5 Estrelas (M5S), Giuseppe Conte.
"Confirmamos a greve. É hora de mudar o país. Salvini deveria ter mais respeito pelos trabalhadores que, ao fazer greve, estão perdendo dinheiro para melhorar este país", disse o secretário-geral da Cgil, Maurizio Landini.
A Comissão de Garantia de Greves, autoridade administrativa independente que serve como garantidor do cumprimento das leis nessas ações, "convidou" os organizadores a excluir a paralisação dos setores de transporte aéreo e higiene ambiental, e ajustar o horário da abstenção para bombeiros e transporte público local, ferroviário e de mercadorias.
Posteriormente, Cgil e UIL anunciaram ter decidido “isentar o inteiro setor de transporte aéreo, pessoal de voo, pessoal de terra (gestores, handlers, catering, serviços terceirizados de vigilância privada aeroportuária)” da participação na paralisação.
Os sindicatos também decidiram concentrar a paralisação dos Bombeiros apenas entre as 9h e as 13h (horário local).
O ente também avaliou que faltam requisitos para uma greve geral, mas os sindicatos seguem em discordância.
A greve começará às 8h (horário local) de sexta, atingindo inclusive as escolas. Haverá uma manifestação na Piazza del Popolo, em Roma.
Na segunda-feira, 20 de novembro, será a vez da Sicília; na sexta-feira, 24, das regiões do Norte; na segunda-feira, 27, da Sardenha e, finalmente, na sexta-feira, 1 de dezembro, das regiões do Sul. (ANSA).