(ANSA) - O Exército de Israel invadiu o hospital al Shifa, na cidade de Gaza, nesta quinta-feira (16).
O grupo palestino Jihad Islâmica afirmou que seus combatentes se envolveram em "ferozes confrontos" com as forças israelenses no complexo hospitalar.
Já Israel disse que foram encontrados vídeos e fotos dos reféns nos computadores portáteis dentro do hospital.
"Descobrimos muitos computadores e outros aparelhos que poderiam jogar luz sobre a situação atual, inclusive sobre a situação dos reféns", disse o porta-voz militar Jonathan Conricus, que entrou no hospital com a BCC. Os jornalistas, porém, não viram as imagens.
O Exército afirmou que continua trabalhando no local e que "há muitas infraestruturas terroristas na área do complexo hospitalar, que estão bem escondidas", e que foram encontradas "armas e material de inteligência".
Segundo o Ministério da Saúde palestino, 26 hospitais em Gaza foram fechados e outros nove ficaram operando parcialmente. "No hospital al Shifa não há água nem comida nem para os pacientes nem para os funcionários", disse a pasta.
Ainda segundo o Ministério, os soldados destruíram o serviço de radiologia e bombardearam os setores de queimados e de diálise.
O diretor do hospital definiu a situação como "catastrófica", afirmando que os militares levaram embora os cadáveres e ingressou com soldados no pronto-socorro.
O Crescente Vermelho que atua na Palestina afirmou que outro hospital, o Al-Ahil, na Faixa de Gaza, está atualmente "sob assédio" de tanques israelenses. O grupo denunciou que suas equipes não conseguem chegar até o local para socorrer os feridos.
Também nesta quinta, Philippe Lazzarini, chefe da Agência das Nações Unidas para os Refugiados Palestinos (Unrwa), denunciou uma tentativa deliberada de paralisar as operações da agênica.
"Acredito que haja um esforço calculado para estrangular nossas intervenções e paralisar as operações da Unrwa", disse, em coletiva de imprensa.
O ministro da Defesa, Yoav Gallant, disse nesta quinta-feira que o Exército completou a "captura e o domínio" da parte ocidental de Gaza, e que a operação por terra está indo em direção à "próxima fase".
A israelense Yehudit Weiss, mantida como refém pelo Hamas em 7 de outubro, teria sido morta pelo Hamas.
A declaração foi feita pelo porta-voz militar israelense Daniel Hagari.
Segundo ele, o corpo foi recuperado pelos soldados "em um prédio na área do hospital Shifa" em Gaza. Ao lado estariam as armas de seus captores. O funeral da mulher ocorrerá em Israel.
"No hospital Shifa encontramos um veículo do Hamas que participaria do ataque em 7 de outubro. Dentro dele, havia equipamentos de combate. Um veículo de terroristas, com armas, em um hospital", afirmou Hagari.
(ANSA).