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ONU pede investigação internacional sobre guerra Israel-Hamas

Palestinos caminham em meio a destroços deixados por bombardeio israelense na Cidade de Gaza

Redazione Ansa

(ANSA) - O Alto Comissariado das Nações Unidas para Direitos Humanos cobrou nesta quinta-feira (16) uma investigação internacional sobre possíveis crimes cometidos durante a guerra entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas.

"Alegações extremamente graves de violações múltiplas e profundas do direito humanitário internacional, independentemente de quem as tenha cometido, exigem uma investigação rigorosa e total responsabilização", disse o alto comissário Volker Turk.

"Quando as autoridades nacionais se mostram relutantes ou incapazes de realizar tais investigações, é necessário um inquérito internacional", acrescentou Turk durante uma reunião da ONU em Genebra, na Suíça.

O conflito iniciou em 7 de outubro, após atentados terroristas sem precedentes cometidos pelo Hamas e que deixaram 1,2 mil mortos em Israel, em sua maioria civis. O grupo também capturou mais de 200 reféns, incluindo idosos e crianças.

Desde então, a resposta israelense já matou mais de 11,5 mil pessoas em Gaza, também civis em sua maioria, sobretudo mulheres e menores de idade.

"Parece que, dos dois lados, alguns veem a morte de civis como um dano colateral aceitável ou como uma arma de guerra deliberada e útil. Isso é uma catástrofe humanitária e de direitos humanos", ressaltou Turk.

Durante a mesma reunião em Genebra, o representante de Israel rebateu que o direito internacional não pode ser um "pacto suicida", enquanto o embaixador palestino denunciou um "genocídio" na Faixa de Gaza.

Na última quarta (15), o Conselho de Segurança da ONU aprovou uma resolução que propõe "pausas humanitárias prolongadas" no enclave palestino, mas Israel rechaçou o texto e disse que só vai interromper os ataques quando o Hamas libertar todos os reféns.

Já o vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, afirmou que apoia os corredores humanitários e que o país está "disponível para tratar palestinos feridos e enviar equipes de saúde". "Também estamos lançando contínuos apelos a não atingir a população civil", ressaltou. (ANSA)

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