(ANSA) - O Hamas afirmou nesta sexta-feira (17) que mais de 12 mil, incluindo 5 mil crianças, foram mortos desde o início da ação militar israelense na Faixa de Gaza. Segundo os mesmos dados, mais de 3.570 pessoas estão desaparecidas, incluindo 1,8 mil crianças.
Também nesta sexta, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o Hamas pelos esforços "infrutíferos" para minimizar as mortes civis em Gaza.
Em uma entrevista à CBS, Netanyahu afirmou que Israel está fazendo tudo o que pode para manter os civis afastados do perigo enquanto combate o Hamas na Faixa, inclusive "lançando panfletos" alertando-os para fugir, mas que seus esforços para minimizar as vítimas "não tiveram sucesso".
O primeiro-ministro israelense reiterou que o objetivo de sua campanha militar é destruir o Hamas: "Vamos tentar concluir o trabalho com o mínimo de perdas civis. Isso é o que estamos tentando fazer: reduzir ao mínimo as vítimas civis. Mas, infelizmente, não conseguimos".
Netanyahu acrescentou que não haverá retorno às "estratégias falidas" no tratamento com o Hamas em Gaza e reafirmou que Israel não está tentando ocupar Gaza, mas deseja uma responsabilidade militar abrangente para "prevenir o ressurgimento do terrorismo: precisamos desmilitarizar e desradicalizar a Faixa".
"Precisamos de uma mudança cultural", continuou o primeiro-ministro, acrescentando que deve haver um "futuro diferente tanto para os israelenses quanto para os palestinos".
Ainda hoje, o exército israelense anunciou hoje ter recuperado o corpo de Noa Marciano, a soldado de 19 anos feita refém pelo Hamas.
Ela teria sido sequestrada pelo Hamas na base de Nahal Oz em 7 de outubro, e seu corpo foi encontrado em uma estrutura adjacente ao hospital Shifa, em Gaza City.
Um vídeo dela foi divulgado na semana passada, filmado quatro dias após seu sequestro, no qual ela se apresentava e mencionava de quem era filha. O vídeo, em certo ponto, era interrompido, mostrando então seu cadáver.
Também perto do hospital al Shifa, o corpo de outra refém foi encontrado. (ANSA).