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Sindicatos realizam greve contra Lei Orçamentária de Meloni

Redazione Ansa

(ANSA) - A Confederação-Geral Italiana do Trabalho (Cgil) e a União Italiana do Trabalho (UIL), dois dos maiores sindicatos do país, realizam nesta sexta-feira (17) uma greve geral de quatro horas de duração na piazza del Popolo, em Roma, contra medidas do governo da premiê Giorgia Meloni.

A iniciativa foi convocada em protesto ao projeto de Lei Orçamentária do governo para 2024, que tramita atualmente no Parlamento.

O vice-premiê e ministro dos Transportes, Matteo Salvini, emitiu uma liminar na qual limitou o protesto de um dia para quatro horas no setor dos transportes, depois que o órgão de fiscalização da greve do país disse que a paralisação não atendia aos requisitos para uma greve geral e deveria ser remarcada.

Os sindicatos afirmaram que vão recorrer da decisão, acusando o governo de atacar o direito à greve e o órgão de fiscalização de obedecer às exigências do executivo.

Durante seu discurso, o líder da CGIL, Maurizio Landini, acusou o governo de levar o país ao colapso, por um caminho perigoso.

"Estamos aqui porque representamos a maioria deste país, aqueles que pagam impostos, cujo trabalho mantém o país de pé e que hoje não são ouvidos por este governo", declarou Landini.

Segundo o líder sindicalista, "o governo está empurrando o país para uma parede de tijolos e não vamos permitir isso".

"Ao contrário do governo, temos uma visão em mente para dar ao país, aos jovens, um futuro", enfatizou ele.

Landini também expressou seu descontentamento com a decisão de Salvini de limitar a greve dos transportes a quatro horas.

"Espero que prevaleça o bom senso e a retirada desse limite absurdo que colocaram a um direito fundamental", disse ele.

Por outro lado, Salvini manteve sua polêmica decisão e disse estar "orgulhoso de que 20 milhões de italianos possam circular livremente hoje".

Em uma visita a Bari, o vice-premiê reforçou que "o direito de uma minoria à greve não pode impedir o direito da maioria de (ir ao) trabalho".

A CGIL convocou em conjunto com o sindicato UIL uma greve, entre outros setores, na Saúde e na Educação e de quatro horas nos Transportes apenas nas regiões centro do país contra o orçamento aprovado pelo Executivo Meloni.

Segundo organizadores da mobilização, ao menos 60 mil pessoas participam da greve na capital italiana, enquanto em cidades como Milão milhares de estudantes saíram às ruas em manifestações para exigir mais recursos para a educação.

Rescaldo

Dois explosivos rudimentares causaram preocupação na Piazza del Popolo, em Roma, após o fim da manifestação de greves nesta sexta-feira.

Os artefatos (“bombe carte” ou “cherry bombs”) são fogos de artifício em uma estrutura de bola de papel, que causam um ruído alto mas têm pouco potencial de destruição.

Os objetos foram acesos enquanto o público estava se dissipando.

O responsável foi encontrado pela polícia e será indiciado.

(ANSA).
   

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