(ANSA) - Israel e Hamas negociam um acordo de cessar-fogo e libertação de reféns, com mediação do Catar, segundo o jornal israelense Haaretz.
A expectativa é de uma pausa entre quatro e cinco dias, com libertação de 10 reféns israelenses por dia de trégua (ficando entre 50 e 80 no total), e soltura de 150 palestinos detidos em prisões israelenses.
Nos dois casos, a prioridade de liberação seria de mulheres e menores. No caso dos presos palestinos, condenados por homicídio ficam excluídos do acordo.
Israel também permitiria a entrada de 300 caminhões com ajuda humanitária e combustível por dia pelo posto de fronteira de Rafah, com o Egito.
Durante o período, as tropas israelenses permaneceriam no norte de Gaza, mas os voos de drones e a vigilância aérea seriam suspensos por seis horas diárias.
O acordo, apoiado pelo exército, Mossad e Shin Bet (agências de inteligência e segurança interna), abrange os reféns israelenses vivos, enquanto os cidadãos estrangeiros seriam libertados com base em acordos com seus respectivos países.
Segundo a mesma fonte israelense, o Hamas se comprometeria durante a trégua "a localizar os outros reféns que estão nas mãos de diversos grupos", começando pela Jihad Islâmica.
Além disso, Israel não permitirá que civis deslocados do sul de Gaza retornem ao norte durante a trégua, e o exército retomará os combates em toda a Faixa "imediatamente após" o fim do cessar-fogo.
Segundo o Haaretz, 30 crianças, oito mães e mais 12 mulheres seriam os 50 reféns israelenses que o Hamas teria que libertar inicialmente.
Reunião em Israel
O premiê israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou nesta terça que o acordo negociado com o Hamas sobre os reféns detidos em Gaza desde 7 de outubro é "a decisão correta" a ser tomada.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, contribuiu para "melhorar o quadro proposto (...) para incluir mais reféns a um custo menor", declarou durante uma reunião da qual deve sair uma decisão.
O primeiro-ministro reiterou que "Israel está em guerra”: “Continuaremos até obtermos a destruição do Hamas".
(ANSA).