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Escolas na Itália homenageiam jovem vítima de feminicídio

Morte de Giulia Cecchettin, 22 anos, gerou comoção no país

'Se amanhã eu não voltar, destruam tudo', diz faixa levada por estudantes da Universidade de Roma La Sapienza em protesto pela morte de Giulia Cecchettin em 20 de novembro

Redazione Ansa

(ANSA) - As escolas da Itália fizeram nesta terça-feira (21) um minuto de silêncio em memória de Giulia Cecchettin, estudante de 22 anos cuja morte provocou comoção em todo o país.

A homenagem aconteceu simultaneamente às 11h, após pedido do ministro da Educação, Giuseppe Valditara, que prometeu apresentar um plano para educar crianças e adolescentes sobre a violência de gênero.

No entanto, em algumas escolas, os alunos trocaram o minuto de silêncio por um minuto de barulho em protesto contra a morte de Cecchettin, assassinada na noite de 11 de novembro e cujo corpo foi encontrado no último sábado (18), jogado perto de um lago no norte da Itália e com marcas de facadas no pescoço e na cabeça.

A manifestação dos estudantes segue um apelo de Elena Cecchettin, irmã da vítima e que pediu para as pessoas "queimarem tudo" ao invés de fazer um minuto de silêncio.

Filippo Turetta, 22, ex-namorado de Cecchettin, é o único suspeito do crime e foi preso na Alemanha no último domingo (19). Se for comprovado que o homicídio foi premeditado, ele pode pegar até prisão perpétua.

Segundo relatos de pessoas próximas à vítima, Turetta tinha um ciúme obsessivo, principal motivo para o fim do relacionamento, em agosto passado, mas Cecchettin continuava a vê-lo por se sentir culpada.

"Giulia ainda saía com Filippo porque estava cheia de senso de culpa, ele a mantinha presa assim. Dizia que, sem ela, sua vida não tinha mais sentido, e Giulia era muito boa", contou Giulia Zecchin, amiga da vítima, à imprensa italiana. (ANSA)

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