(ANSA) - O líder do grupo fundamentalista islâmico Hamas, Ismail Haniyeh, disse nesta terça-feira (21) que a organização está perto de fechar um acordo com Israel para uma trégua em troca da libertação de reféns capturados nos atentados terroristas de 7 de outubro.
"Estamos próximos de alcançar um acordo", afirmou Haniyeh, que vive no Catar, em seu canal no Telegram. Segundo dirigentes do Hamas citados pela emissora Al Jazeera, o cessar-fogo seria de alguns dias e permitiria também a entrada de ajudas na Faixa de Gaza.
O iminente acordo prevê uma troca de reféns mantidos pelo Hamas por palestinos prisioneiros em Israel, mas a iniciativa envolveria apenas mulheres e crianças. A expectativa é de que dezenas de pessoas sejam libertadas pelos dois lados.
No último domingo (19), o vice-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jon Finer, já havia dito que Israel e Hamas estavam perto de um acordo. "As diferenças diminuíram", afirmou ele na ocasião.
Já nesta terça, o presidente Joe Biden disse que os EUA estão "muito próximos de devolver alguns dos reféns para casa" e que a "situação é boa".
Estima-se que o grupo fundamentalista ainda mantenha 240 reféns capturados nos atentados de 7 de outubro, quando 1,2 mil israelenses foram assassinados, em sua maioria civis. Desde então, os ataques do país judeu na Faixa de Gaza já mataram mais de 13,3 mil palestinos, incluindo 5,6 mil crianças e 3,55 mil mulheres, segundo as autoridades do enclave.
No entanto, de acordo com o ministro das Relações Exteriores e vice-premiê da Itália, Antonio Tajani, concluir o acordo “não será fácil”. “O Hamas faz muitas exigências, e Israel quer saber quantos reféns estão vivos. Mas esperamos que se possa chegar a uma libertação dessas vítimas inocentes do terrorismo do Hamas”, disse. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it