Último momento

Pais de jovem acusado de matar ex na Itália se negam a visitá-lo

Turetta admitiu ter cometido feminicídio que chocou país europeu

Redazione Ansa

(ANSA) - Os pais do estudante Filippo Turetta, preso pelo assassinato de sua ex-namorada Giulia Cecchettin no último dia 11 de novembro, em um caso que chocou a Itália, se recusaram a visitá-lo na prisão de Montorio, em Verona.

Nicola Turetta e Elisabetta Martini obtiveram autorização do Ministério Público para encontrar o filho no centro penitenciário, mas não acompanharam o advogado Giovanni Caruso.

Segundo relatos, a decisão de não comparecer foi motivada pela necessidade de ambos os pais e de Turetta precisarem de apoio psicológico. Desta forma, o advogado do jovem de 22 anos teve que comunicar o caso para a direção do presídio de Montorio nesta manhã.

Nesta fase do processo, acredita-se que será difícil Turetta obter uma avaliação psiquiátrica que permita verificar uma possível incapacidade, mesmo parcial, de compreensão na hora do assassinato.

Até o momento, a defesa não apresentou nenhum recurso sobre esse ponto perante ao juiz de instrução. Pelo que se sabe, no caso de Turetta, em que não há diagnósticos prévios de problemas mentais nos documentos e também com base nas primeiras avaliações psicológicas e psiquiátricas na prisão, é improvável que uma perícia possa ser solicitada sobre o caso.

Na última terça (28), Turetta admitiu ter matado Cecchettin durante seu depoimento prestado a um juiz de investigação preliminar e disse que estava "de coração partido" e queria pagar integralmente pelo crime cometido.

O estudante foi detido perto de Leipzig, na Alemanha, em 19 de novembro, depois de mais de uma semana foragido, e extraditado para a Itália para ser julgado no sábado passado.

O assassinato de Cecchettin chocou a Itália, em parte devido à idade da vítima e do assassino e por causa da brutalidade. Além disso, aumentou a necessidade de combater a violência baseada no gênero, uma vez que foi mais um de uma série de feminicídios no país. (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it