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Navio da Itália com hospital para tratar palestinos chega ao Egito

Papa Francisco lamentou fim de trégua

Redazione Ansa

(ANSA) - O navio da Marinha da Itália equipado com hospital e salas operatórias para atender civis feridos no conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza chegou ao Egito.

O anúncio foi feito neste domingo (3) pelo ministro italiano da Defesa, Guido Crosetto, que garantiu que o governo da premiê Giorgia Meloni tem feito sua parte.

"A Itália, como prometido, está fazendo a sua parte. Isso é fruto do trabalho em equipe", disse ele. O navio em questão é o Vulcano, que, segundo declaração da Marinha, "pode fornecer combustíveis, lubrificantes, munições, peças de substituição, alimentos, água e materiais para operações militares ou de assistência humanitária".

"A bordo há salas de cirurgia e clínicas nas quais médicos civis e militares de vários países tratarão civis feridos da Faixa de Gaza", acrescenta Crosetto.

Desde a última sexta-feira (1°), quando a trégua entre Israel e o Hamas chegou ao fim, o Exército israelense voltou a intensificar os ataques na Faixa de Gaza, enquanto o grupo fundamentalista disparou foguetes contra várias cidades do território liderado pelo premiê Benjamin Netanyahu.

Dois dos soldados israelenses morreram em combate e pelo menos sete pessoas, segundo o Hamas, foram mortas num ataque perto da fronteira sul de Gaza com o Egito.

Ontem à noite, o campo de refugiados de Nuseirat também foi atingido e somou 13 mortes. Veículos blindados israelenses passaram pelo Wadi Gaza e entraram no setor sul da Faixa, parando em Khan Yunis-Deir el-Ballah. Outros veículos blindados assumiram posições na praia de Deir el-Ballah, relataram fontes locais.

Enquanto isso, a Força Aérea continua o seu bombardeio. O porta-voz militar Avichay Adraee ordenou a evacuação do centro de Khan Yunis , depois de alguns bairros terem sido evacuados ontem, na tentativa de chegar à cidade de Rafah. 

Diante da iminência de um ataque direto ao bairro de Sajaya, em Gaza, o exército israelense também alertou os comandantes locais do Hamas que devem se render se não quiserem morrer.

Na Internet,  Adraee publicou um texto em árabe no qual expôs as imagens de 11 comandantes do Hamas ativos na região, segundo Israel.

''Abaixem suas armas se não querem sofrer o mesmo destino de Wissam Farhat e Yunis Mishtaha",  escreveu ele, citado pela rádio pública Kan. 

Vaticano 

O papa Francisco disse que está "dolorido" pelo rompimento da trégua em Gaza e enfatizou a importância de encontrar um novo acordo de troca de reféns entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas.

"Em Israel e na Palestina, a situação é grave", afirmou o Pontífice na oração do Angelus, em um apelo lido pelo monsenhor Paolo Braida, porque ele ainda sente as consequências de uma bronquite infecciosa aguda.

Na mensagem, Francisco ressalta que "dói que a trégua tenha sido quebrada", principalmente porque "isto significa morte, destruição e miséria.

"Muitos reféns foram libertados, mas muitos ainda estão em Gaza. Pensamos neles, nas suas famílias que viram uma luz, uma esperança de abraçar novamente os seus entes queridos", apelou.

O argentino enfatizou que "há tanto sofrimento em Gaza, há falta de bens de primeira necessidade" e disse esperar "que todos os envolvidos possam chegar a um novo acordo de cessar-fogo o mais rápido possível".

O líder da Igreja Católica pediu ainda que Israel e Hamas encontrem "outras soluções além das armas, tentando trilhar caminhos corajosos de paz".

Desde a última sexta-feira (1°) os combates recomeçaram na Faixa de Gaza depois que o cessar-fogo temporário de sete dias entre Israel e Hamas expirou. (ANSA).

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