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Battisti quer ver parentes de vítimas para poder sair da cadeia

Ex-terrorista cumpre pena de prisão perpétua na Itália

Cesare Battisti começou a cumprir pena de prisão perpétua em 2019

Redazione Ansa

(ANSA) - Cesare Battisti, o ex-terrorista condenado à prisão perpétua por quatro homicídios cometidos na década de 1970, quer se reunir com familiares de suas vítimas para tentar obter o direito de passar alguns dias fora da cadeia.

O ex-membro do grupo de extrema esquerda Proletários Armados pelo Comunismo (PAC) deseja ser admitido na mediação penal, instrumento de justiça reparativa criado recentemente na Itália e que permite que detentos que cumprem pena perpétua saiam da prisão por até 45 dias por ano.

Para isso, no entanto, Battisti precisaria se encontrar com parentes das vítimas de seus crimes, que, por sua vez, podem se recusar. "Cesare Battisti tem todo o tempo para esperar, eu não estou pronto", disse Adriano Sabbadin, filho do açougueiro Lino Sabbadin, morto pelo PAC em 1979.

Battisti foi condenado por envolvimento no planejamento deste e de mais outro homicídio, contra o joalheiro Pierluigi Torregiani, e por ser o executor material de outros dois assassinatos, contra os policiais Antonio Santoro e Andrea Campagna, ambos em 1978.

O ex-terrorista só confessou os crimes em 2019, após ter sido enfim extraditado para a Itália. Antes disso, sempre se declarara inocente, inclusive durante o longo período em que viveu no Brasil.

"Ele pode fazer e pensar o que quiser, não me interessa", acrescentou Adriano Sabbadin. Battisti cumpre pena em uma cadeia de Massa, na Toscana, para onde foi transferido recentemente para ficar mais perto da família. (ANSA)

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