(ANSA) - Chegou a quase 16 mil o número de mortos nos ataques de Israel contra a Faixa de Gaza, de acordo com balanço divulgado nesta segunda-feira (4) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, que é controlado pelo grupo fundamentalista Hamas.
Segundo o porta-voz da pasta, Ahsraf al-Qudra, o território já contabiliza 15.899 vítimas, sendo que 70% são mulheres e crianças. Além disso, o governo de Gaza acusa Israel de ter destruído completamente 56 estruturas sanitárias e prendido 35 médicos, tornando inutilizável o serviço de saúde local.
O conflito começou em 7 de outubro, após ataques terroristas sem precedentes cometidos pelo Hamas e que deixaram 1,2 mil israelenses mortos. A guerra chegou a ser interrompida por quase 10 dias devido a uma trégua temporária para libertação de reféns e prisioneiros, mas foi retomada no fim da semana passada.
Israel afirmou ter atacado 200 alvos do Hamas apenas na última madrugada, enquanto um bombardeio perto de Rafah, no sul da Faixa de Gaza, teria deixado ao menos nove palestinos mortos, segundo a Al Jazeera.
A presidente do Comitê Internacional da Cruz Vermelha, Mirjana Spoljaric, chegou nesta segunda-feira à Faixa de Gaza e declarou que o "sofrimento" da população civil no enclave palestino é "intolerável".
"Fizemos um apelo urgente para que civis sejam protegidos e respeitados por todas as partes, em conformidade com o direito humanitário internacional, e reitero esse apelo hoje", disse Spoljaric em um comunicado.
"É inaceitável que os civis não tenham um lugar seguro para onde ir em Gaza e, com um cerco militar em vigor, não há resposta humanitária adequada possível", salientou a presidente, cobrando também que os reféns israelenses sejam libertados pelo Hamas.
Enquanto isso, familiares de pessoas raptadas exigiram que o governo de Israel retome as negociações com o grupo islâmico "imediatamente", ameaçando aumentar os protestos contra o premiê Benjamin Netanyahu se a demanda não for atendida.
"Se vocês não quiserem nos representar, nos dirigiremos a uma entidade internacional", disse Daniel Lifshitz, neto de um homem que continua sob poder do Hamas, Oded Lifshitz, e de uma mulher libertada pelo grupo, Yocheved Lifshitz.
Estima-se que o grupo fundamentalista islâmico ainda mantenha cerca de 140 pessoas sequestradas. (ANSA)
Leggi l'articolo completo su ANSA.it