(ANSA) - O Comando Sul das Forças Armadas dos Estados Unidos anunciou que realizará exercícios militares no espaço aéreo da Guiana nesta quinta-feira (7), em meio à crescente tensão do país sul-americano com a Venezuela por causa do território de Essequibo.
Segundo comunicado da Embaixada americana em Georgetown, tratam-se de "operações de rotina para melhorar a parceria em matéria de segurança entre Estados Unidos e Guiana e para reforçar a cooperação regional".
"Além desse exercício, o USSouthCom continuará sua colaboração com as Forças de Defesa da Guiana nas áreas de preparação para desastres, segurança marítima e aérea e combate a organizações criminosas transnacionais", diz a nota.
A Venezuela denunciou a decisão como "uma provocação". Sobre o assunto, via X, o ministro da Defesa venezuelano, Vladimiro Padrino, criticou "essa infeliz provocação dos Estados Unidos em favor dos guardas pretorianos da ExxonMobil na Guiana".
Em sua opinião, trata-se de "mais um passo na direção errada": “Não seremos desviados de nossas futuras ações para recuperar o Essequibo. Viva a Venezuela!".
No último domingo (3), um referendo convocado pelo presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, terminou com mais de 95% de apoio à anexação de Essequibo, território rico em petróleo e gás controlado pela Guiana desde o século 19.
O líder chavista chegou até a divulgar um "novo mapa" do país e determinou sua reprodução em escolas e universidades.
ONU
O Conselho de Segurança da ONU fará uma reunião nesta sexta-feira (8) sobre a crise entre Venezuela e Guiana.
O debate se dará a portas fechadas e foi pedido por Georgetown, que será membro não-permanente do órgão a partir de 1º de janeiro, no biênio 2024-2025. (ANSA)
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