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Número de mortos em Gaza chega a 18,7 mil; UE discutirá crise

Maioria das vítimas é formada por mulheres e crianças

Redazione Ansa

(ANSA) - O número de mortos nos bombardeios de Israel à Faixa de Gaza aumentou para 18.787, informou o novo balanço divulgado pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, controlado pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, nesta quinta-feira (14).

De acordo com as autoridades locais, a maior parte das vítimas é formada por mulheres e crianças. O boletim também soma mais de 50,8 mil pessoas feridas durante a guerra iniciada em 7 de outubro, quando o Hamas deflagrou uma série de atentados terroristas no território israelense, deixando 1,2 mil mortos.

Desde o término da trégua entre Israel e Hamas, o Exército comandado pelo premiê Benjamin Netanyahu tem intensificado os ataques em Gaza. Hoje, inclusive, as tropas israelense anunciaram que prenderam "mais de 70 operacionais terroristas" do Hamas, que "saíram com armas nas mãos" do hospital 'Kamal Adwan'.

Já as companhias palestinas Paltel e Jawall, operadoras de telecomunicações, anunciaram nesta tarde que todas as comunicações e internet foram cortadas na Faixa de Gaza e culparam “a atual agressão” de Israel.

Paralelamente, o alto representante da União Europeia para Política Externa, Josep Borrell, informou que a situação em Gaza será discutida hoje no Conselho Europeu. "Teremos que levar em conta o voto da Assembleia Geral das Nações Unidas. A situação certamente exige uma pausa humanitária na luta para libertar os reféns e evitar uma catástrofe humanitária", alertou.

Segundo ele, é preciso começar a "pensar em como lidar com o problema com uma abordagem política". No entanto, "os países árabes já disseram que não participarão na reconstrução de Gaza a menos que haja um forte compromisso da comunidade internacional para construir uma solução de dois Estados".

"Precisamos de nos concentrar nisso. Precisamos de nos concentrar numa solução política para o problema de uma vez por todas. Isso é algo que, tenho certeza, os líderes discutirão", concluiu.

O conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Jake Sullivan, disse nesta quinta-feira ao premiê israelense, Benjamin Netanyahu, que é necessário fazer no giro de “semanas, e não de meses” uma desescalada da guerra contra o Hamas.

Segundo ele, é preciso conduzir uma transição da fase de alta intensidade da guerra, à próxima fase, “com intensidade mais baixa”. A informação foi divulgada pelo portal Axios, segundo as quais o governo de Joe Biden considera que a mudança pode reduzir o número de vítimas civis, permitir mais ajuda humanitária a Gaza e reduzir o risco de uma guerra regional.

Sullivan teria pressionado Netanyahu por um planejamento detalhado sobre quando começará e como será a fase de intensidade mais baixa.

Itália

O ministro da Cultura da Itália, Gennaro Sangiuliano, compareceu nesta quinta ao evento em que foram acendidas as velas de Hannukah no Museu Judaico de Roma.

“Me foi conferida a grande honra de estar aqui nesta cerimônia tão importante ao lado dos amigos, ousaria dizer irmãos, da comunidade hebraica. E neste momento histórico em que o antissemitismo volta a levantar perigosamente a cabeça, então temos o dever de destacar que é o mal absoluto e deve ser combatido”, declarou.

(ANSA).
   

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