(ANSA) - A parceria "forte e em grande crescimento" entre a Itália e o Reino Unido foi o destaque dado pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, e o Secretário de Relações Exteriores britânico, David Cameron, após a participação do também ex-premiê do Reino Unido no dia de encerramento da Conferência dos Embaixadores Italianos no Mundo, nesta terça-feira (19).
Os dois líderes destacaram as "visões comuns" nos maiores temas internacionais da atualidade: do apoio à Ucrânia "enquanto for necessário", ao equilíbrio entre o direito de defesa de Israel e a resposta humanitária por Gaza no Oriente Médio, até as questões de imigração.
Os chanceleres também destacaram que essas relações poderão se desenvolver ainda mais sob a iminente presidência italiana do G7.
"Creio que a agenda do G7 seja um programa excepcional, e estou certo de que a Itália comandará o grupo com grande habilidade", declarou Cameron.
No encontro bilateral, Tajani afirmou que as prioridades serão a guerra na Ucrânia, a situação no Oriente Médio e a "grande questão da inteligência artificial", que a Itália quer "centrada no homem e controlada pelo homem", como também explicou a premiê, Giorgia Meloni.
Sobre o apoio a Kiev, o ministro britânico destacou como Itália e Reino Unido estão seguindo o mesmo ritmo: "É essencial manter o curso. Putin deve saber que faremos isso, que ajudaremos a Ucrânia pelo tempo que for necessário. Se permitirmos que Putin vença, será um desastre", alertou.
Também há unanimidade na "condenação firme" dos ataques do Hamas e na preocupação com a situação humanitária em Gaza.
Na coletiva de imprensa conjunta, Tajani elogiou "a mensagem positiva" do presidente israelense Isaac Herzog sobre a disposição de "uma nova pausa" nos ataques para permitir a libertação de mais reféns e a entrada de mais ajuda humanitária na Faixa de Gaza.
Cameron fez um apelo a Israel para "minimizar as vítimas civis" mantendo "uma abordagem muito mais cirúrgica, clínica e direcionada quando se trata de lidar com o Hamas". (ANSA).