(ANSA) - O Hamas recusou a proposta de Israel para um cessar-fogo e não aceitará um acordo até que a pausa nos combates seja efetiva.
A informação é do Wall Street Journal, citando fontes da inteligência egípcia. De acordo com relatos, a oferta israelense incluía uma semana de cessar-fogo em troca de 40 reféns.
Mais cedo, o analista de política externa da CNN Barak Ravid revelou a proposta de trégua israelense, citando duas autoridades israelenses e outra fonte familiarizada com o assunto.
A proposta, divulgada pela primeira vez pelo site de notícias norte-americano Axios, visava libertar mulheres, idosos e pessoas que necessitam de cuidados urgentes, e foi apresentada ao Hamas através de mediadores do Catar.
O embaixador israelense nos Estados Unidos, Michael Herzog, confirmou à CNN que Israel está disposto a pôr fim aos combates se isso significar libertar o maior número possível de reféns.
Por sua vez, o chefe do gabinete político do Hamas, Ismail Haniyeh, se reuniu com o ministro das Relações Exteriores do Irã, Hossein Amirabdollahian, em Doha, a quem garantiu que "a resistência continua poderosa e consistente apesar do volume considerável de ataques terrestres e marítimos, além das ofensivas aéreas contra a população de Gaza após 75 dias", informou a agência Irna.
Haniyeh expressou gratidão à República Islâmica por acompanhar de perto os acontecimentos na Faixa de Gaza e disse que as suas reuniões com Amiradbollahian "são importantes porque mostram apoio a Gaza e à Palestina".
No encontro, Haniyeh reforçou que o Hamas está pronto para um cessar-fogo duradouro, mas que não o negociará enquanto Israel continuar a atacar a Faixa de Gaza. "A agressão contra o povo de Gaza por parte do regime sionista não tem precedentes", afirmou o líder do Hamas.
Também estava previsto para esta quarta-feira (20) uma votação no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre uma nova resolução sobre o conflito, mas a análise foi adiada novamente.
"O Conselho de Segurança concordou em continuar as negociações hoje para conceder mais tempo à diplomacia. E a presidência reprogramará a adoção para amanhã de manhã (quinta-feira 21)", disse o presidente em exercício do organismo, o embaixador do Equador, Jose Javier De La Gasca Lopez-Dominguez.
Paralelamente, o presidente da Itália, Sergio Mattarella, lembrou que a "guerra que há semanas inflama o Oriente Médio, com a sangrenta e brutal agressão terrorista do Hamas contra Israel e as ações militares em Gaza, estão a custar um número inaceitável de vítimas civis num cenário que torna cada vez mais grave a situação humanitária nesses territórios".
(ANSA).