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Conselho de Segurança da ONU aprova resolução para ajuda a Gaza

Texto não pede cessar-fogo; UE manifestou apoio

Redazione Ansa

(ANSA) - O Conselho de Segurança da ONU aprovou nesta sexta-feira (22) uma resolução que exige que as partes envolvidas no conflito no Oriente Médio permitam a "entrega segura e sem obstáculos de assistência humanitária em grande escala", criando corredores permanentes.

O texto não solicita uma trégua imediata, nem inclui a frase originalmente presente "urgente suspensão das hostilidades".

Após dias de adiamentos, a resolução também pede a criação de "condições para que as hostilidades cessem de maneira sustentável".

Rússia e Estados Unidos, que poderiam ter vetado a resolução, como membros permanentes do colegiado, se abstiveram. O texto passou com 13 votos a favor.

A embaixadora dos EUA no Conselho, Linda Thomas-Greenfield, chamou a resolução de "forte passo à frente".

"Este conselho ofereceu um brilho de esperança em meio a um mar de sofrimento", disse.

A proposta foi promovida pelos Emirados Árabes e passou por várias sessões de negociações para evitar um novo veto.

A embaixadora emiradense, Lana Zaki Nusseibeh, disse que a proposta "responde com ação à situação humanitária. Sabemos que não é um texto perfeito, não pararemos de pedir por um cessar-fogo humanitário".

A resolução também pede que seja apontado um coordenador humanitário da ONU para supervisionar a ajuda de países terceiros a Gaza.

O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, afirmou que “os reféns devem estar no alto das prioridades do Conselho de Segurança da ONU”.

Ele destacou que a ajuda humanitária chega a Gaza todos os dias, enquanto “aos reféns não são permitidas visitas nem da Cruz Vermelha.

O embaixador palestino, Riyad Mansour, disse que o assédio de Israel é desumano: “Gaza é como um paciente de quem se tenta curar as feridas enquanto o assassino ainda está atirando. É preciso parar o assassino. Vamos agir agora para salvar vidas. Não há modo para parar o genocídio sem um cessar-fogo”.

“Israel continua ignorando os pedidos de trégua humanitária. Israel não quer um futuro para os palestinos, por isso bombardeia casas, escolas e infraestruturas”, afirmou.

UE

A presidente do Poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, disse que o bloco “acolhe a resolução da ONU”.

Ela destacou que a UE está “trabalhando com os parceiros para enfrentar a emergência humanitária e se preparar para depois”.

A Comissão Europeia também anunciou a liberação de 118 milhões de euros em ajudas à Autoridade Nacional Palestina (ANP).

Segundo o bloco, os fundos irão para o pagamento de salários e aposentadorias do pessoal administrativo da ANP na Cisjordânia, e apoiar famílias em dificuldades em Gaza e em hospitais de Jerusalém.

(ANSA).
   

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