(ANSA) - O papa Francisco enviou um telegrama de condolências pelas vítimas do ataque na Universidade de Praga, capital da República Tcheca, e lamentou a ofensiva que deixou pelo menos 14 mortos e cerca de 30 feridos na última quinta-feira (21).
A mensagem foi transmitida nesta sexta-feira (22) pelo secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, em nome do Pontífice. "Estou profundamente entristecido ao saber da perda de vidas e dos feridos causados pelo tiroteio na Universidade Charles de Praga", lamenta.
Francisco também "expressa a sua proximidade espiritual a todos os afetados por esta tragédia. "Confiando aqueles que morreram à misericórdia amorosa de Deus Todo-Poderoso, invoco a força divina e o consolo aos seus familiares e amigos enlutados".
Por fim, ele "assegura à nação as suas orações neste momento difícil".
Ontem, um homem armado, identificado como David Kozak, cidadão tcheco de 24 anos, abriu fogo dentro da Faculdade de Letras em pleno centro histórico da cidade. Informações preliminares indicaram que o jovem era estudante da instituição e teria manifestado em um canal no Telegram a intenção de cometer um atentado porque estava "cansado da vida" e odiava "todo mundo".
Para o ministro tcheco do Interior, Vit Rakuzan, não há indícios de que a tragédia esteja ligada ao terrorismo internacional.
No entanto, segundo uma fonte próxima à investigação, citada pelo site Prahanl.cz, o autor do ataque tinha uma bomba caseira em sua residência em Hostoun, perto de Kladno, a cerca de 30 quilômetros de Praga.
O artefato explosivo era composto por "cilindro, munição, material pirotécnico e substâncias químicas". "O local parecia um bunker. A garrafa era grande, tinha vários cabos ligados a ela, que levavam a outros equipamentos. Na minha opinião, continha um sistema que teria causado a explosão", afirmou a testemunha.
Além disso, a polícia informou hoje que o criminoso suicidou-se com um tiro de espingarda assim que percebeu que os agentes se aproximavam dele. Imagens das câmeras instaladas nos uniformes dos policiais que entraram no prédio da Universidade e foram divulgadas confirmam a versão.
Os policiais avançaram taticamente, andar por andar, até o telhado, onde foram orientados por testemunhas. De acordo com as autoridades locais, o atirador feriu três pessoas e atingiu dois carros - um de civil e outro da polícia - da cobertura do prédio da Universidade.
O diretor da polícia de Praga, Petr Matejicek, explicou ainda que o assassino tinha à sua disposição um "incrível" arsenal de armas e munições que conseguiu levar para o edifício da instituição. "Ele previu um massacre muito maior", declarou.
As medidas de segurança do país foram reforçadas, principalmente em áreas próximas de escolas. (ANSA).
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