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Ataque massivo da Rússia atinge várias regiões da Ucrânia

UE voltou a demonstrar apoio ao território liderado por Zelensky

Redazione Ansa

(ANSA) - Um ataque massivo da Rússia contra várias cidades da Ucrânia deixou mortos e feridos nesta sexta-feira (29), informaram as autoridades locais.

Diversas explosões foram ouvidas na capital Kiev, e em outras regiões, como Kharkiv (nordeste), Lviv (oeste) e Odessa (sul).

Entre os alvos estão escolas, residências, maternidades, entre outros locais. Até o momento, há ao menos 22 mortos e 132 feridos contabilizados nas áreas.

"Um total de aproximadamente 110 mísseis foram disparados contra a Ucrânia, causando mortes e feridos no ataque massivo russo desta noite", escreveu o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

Segundo ele, suas tropas vão responder os "ataques terroristas" e continuarão "a lutar pela segurança de todo o nosso país, de cada cidade e de cada cidadão". "O terror russo deve e irá perder".

O prefeito de Kiev, Vitali Klitschko, relatou que diversas explosões também foram ouvidas na capital ucraniana enquanto as forças russas atacaram várias cidades em todo o país. A ofensiva provocou a ativação de um alerta aéreo nacional.

De acordo com informações iniciais das autoridades ucranianas, duas pessoas morreram em Kharkiv e Lviv e muitas outras ficaram feridas, além disso há danos e destruição, edifícios em chamas em diferentes regiões e numerosas explosões.

"Nunca vimos tantos mísseis simultaneamente em nossos monitores, mísseis balísticos, S-300, mísseis de cruzeiro, UAVs, X-22 ou -32. Aproximadamente 18 bombardeios estratégicos", disse o porta-voz da Força Aérea Ucraniana, Yuriy Ihnat.

O conselheiro presidencial ucraniano Andry Yermak informou no Telegram que "os foguetes estão sobrevoando nossas cidades novamente e os civis estão sendo alvos". "A Ucrânia precisa de apoio. Seremos ainda mais fortes, estamos fazendo tudo para fortalecer nosso escudo aéreo. Mas o mundo deve entender que precisamos de mais apoio e força para acabar com esse terror", apelou.

Em Odessa, as forças ucranianas abateram um drone kamikaze russo sobre um bairro residencial, e os destroços da aeronave danificaram um prédio, causando um incêndio.

As equipes de resgate ainda estão trabalhando e as informações sobre quaisquer feridos ou vítimas "estão sendo verificadas", alertou o chefe da Administração Militar Regional, Oleg Kiper, citado pela Rbc-Ucrânia.

Por outro lado, o Ministério da Defesa da Rússia afirmou que suas defesas aéreas abateram um drone ucraniano sobre a região de Kursk, no oeste do país, durante a noite.

"Outra tentativa do regime de Kiev de realizar um ataque terrorista contra alvos russos utilizando uma aeronave de asa fixa foi frustrada durante a noite. As defesas aéreas destruíram um drone ucraniano sobre a região de Kursk", diz a nota.

União Europeia 

Em meio ao conflito, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, voltou a demonstrar apoio ao território liderado por Zelensky.

"Estamos ao lado da Ucrânia desde o primeiro dia da guerra de agressão da Rússia e continuaremos a apoiá-la enquanto for necessário", escreveu ela no X (antigo Twitter), ao publicar um vídeo com os principais números da assistência prestada a Kiev até agora.

Segundo ela, a UE garantiu "quase 85 bilhões de euros em apoio financeiro, humanitário e militar" a Kiev. "Agora estamos a abrir a porta ao nosso amigo e vizinho", acrescenta von der Leyen, em referência à recente aprovação dos líderes europeus para a abertura das negociações de adesão de Kiev ao bloco. 

ONU

O Conselho de Segurança da ONU se reuniu noite desta sexta-feira para discutir a situação da Ucrânia após a nova ofensiva pela Rússia.

“A Rússia lançou o maior ataque aéreo contra a Ucrânia desde o início da guerra. Pedimos a todos os membros do Conselho de Segurança que condenem nos termos mais duros. Os EUA estão ao lado da Ucrânia. Não abandonaremos os corajosos ucranianos em sua luta por liberdade”, disse o representante do país na ONU.

Mohamed Khaled Khiari, secretário-geral adjunto da ONU, classificou os ataques como “agressões assustadoras”

(ANSA).
   

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