(ANSA) - O chefe do Instituto de Inteligência e Operações Especiais de Israel (Mossad), David Barnea, informou ao gabinete de guerra israelense que o mediador do Catar indicou que o Hamas estaria disposto a negociar um acordo para a libertação de entre 40 e 50 reféns, incluindo mulheres, adultos e doentes, em troca de um cessar-fogo de entre 20 e 30 dias e a libertação de prisioneiros.
A informação foi dada pelo Ynet, citando uma fonte israelense, acrescentando que o Hamas retirou a exigência que havia apresentado até então de um cessar-fogo total como condição para o retorno dos reféns.
Segundo a mesma fonte, Israel teria solicitado esclarecimentos ao Catar, pedindo respostas até este sábado (30).
Intensos combates ocorrem na manhã deste sábado em Gaza, segundo a Aeronáutica de Israel.
Também neste sábado, o jornal New York Times informou, com base em entrevistas com oficiais israelenses atualmente em serviço ou aposentados, que o exército israelense não tinha um plano para lidar com um ataque massivo do Hamas ao país, como ocorreu em 7 de outubro.
"Não havia um plano de defesa para um ataque surpresa", afirmou Amir Avivi, ex-vice-chefe da Divisão Gaza.
"O exército não se prepara para coisas que considera impossíveis", acrescentou o ex-conselheiro de segurança nacional Yaakov Amidror.
O relatório pinta o quadro de um exército que, por longas horas, não compreendeu a extensão do ataque, respondendo de maneira lenta e ineficiente, enviando equipes muito pequenas e mal equipadas para enfrentar um ataque em massa.
Balanço de mortes em Gaza
Subiu para 21.672 o número de mortos em Gaza pelos ataques de Israel.
Em um comunicado, o Ministério da Saúde local afirma que 165 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas, enquanto um total de 56.165 outras ficaram feridas nos combates.
(ANSA).