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Parentes de reféns em Gaza tentam bloquear ajuda humanitária

Hamas pediu mais armas, enquanto número de soldados mortos subiu

Multidão está na passagem de Kerem Shalom com Gaza

Redazione Ansa

(ANSA) - Um grupo de parentes dos reféns israelenses mantidos pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza se dirigiram nesta terça-feira (9) para passagem de Kerem Shalom com a intenção de bloquear o local por onde entra diariamente a ajuda humanitária para a população do enclave palestino.

De acordo com a imprensa local, a iniciativa é um protesto contra o Hamas que impede a Cruz Vermelha de visitar os reféns para compreender suas condições e fornecer ajuda médica e humanitária.

Shai Wenkert - pai de Omer, um refém de 22 anos - declarou ao site israelense Ynet, que desde 7 de outubro, data da ofensiva deflagrada pelo Hamas contra Israel, seu filho "não foi ao médico, nem recebeu medicamentos, e não é possível que centenas de caminhões estejam entrando em Gaza".

Paralelamente, o líder do grupo fundamentalista islâmico Hamas, Ismail Haniyeh, convidou os países muçulmanos a "apoiá-lo" na sua guerra contra Israel na Faixa de Gaza, fornecendo-lhe "armas".

"O papel da nação muçulmana é importante e chegou a hora de apoiar a resistência com armas, porque esta é a batalha de AL-Aqsa e não apenas a batalha do povo palestino", declarou ele em um discurso proferido em Doha, cujo texto foi transmitido à imprensa palestina. A Mesquita Al-Aqsa em Jerusalém é o terceiro local mais sagrado do Islã.

Mais cedo, o Exército israelense anunciou a morte de mais cinco soldados em combate em Gaza, elevando para 185 o número total de óbitos de militares desde o início da operação terrestre, segundo um porta-voz das tropas.

Até o momento, o conflito entre Israel e Hamas provocou a morte de mais de 23 mil pessoas na Faixa de Gaza, segundo dados do último boletim do Ministério da Saúde local divulgado na última segunda-feira (8).

Itália 

O governo italiano, em acordo com as autoridades egípcias e israelenses, conseguiu retirar mais 12 cidadãos palestinos de Gaza. Trata-se de familiares de cidadãos italianos ou com direito de residência no país europeu.

A operação é feita após dias de espera e ocorreu por meio da passagem de Rafah. O grupo deixou a região para entrar no Egito, segundo o Ministério das Relações Exteriores da Itália.

"Desde as fases iniciais do conflito, a Itália está empenhada em ajudar os palestinos e em garantir o envio de ajuda humanitária à população civil de Gaza, vítima da loucura do Hamas, que os utiliza instrumentalmente no conflito", afirmou a Farnesina.

O vice-premiê e chanceler italiano, Antonio Tajani, inclusive, voltou a dizer aos "nossos amigos israelenses que deve haver uma reação proporcional" na guerra.

Ontem à noite, funcionários da Embaixada Italiana no Cairo, juntamente com funcionários dos serviços secretos, geriram a operação de transferência e continuarão a verificar a possibilidade de ajudar outros cidadãos palestinos.

No Cairo, grande parte dos palestinos foi acolhida no hospital italiano "Umberto I": sete deles são idosos, também confinados a cadeiras de rodas, e foram assistidos para verificar as suas condições físicas. Outros foram confiados a familiares e chegarão em breve à Itália. (ANSA).
   

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