(ANSA) - Representantes de Israel refutaram nesta sexta-feira (12) a acusação de genocídio levada pela África do Sul à Corte Internacional de Justiça (CIJ), principal órgão judiciário da ONU e com sede em Haia, na Holanda.
Apoiada pelo Brasil, a ação é analisada desde a última quinta (11) e pede que a CIJ declare que o Estado israelense violou a Convenção para Prevenção e Repressão do Crime de Genocídio durante o conflito contra o grupo fundamentalista Hamas na Faixa de Gaza.
A guerra já matou mais de 23 mil palestinos em pouco mais de três meses, segundo as autoridades do enclave, e é uma reação a atentados terroristas cometidos pelo Hamas em 7 de outubro, que fizeram 1,2 mil vítimas em Israel.
"A África do Sul apresentou um quadro factual e jurídico profundamente distorcido. Todo o caso se baseia em uma descrição deliberadamente sem contexto e manipulada da realidade", afirmou Tal Becker, membro da equipe de defesa israelense.
"Se houve atos de genocídio, eles foram perpetrados contra Israel", acrescentou, citando o "massacre, as mutilações, os estupros e sequestros em larga escala praticados pelo Hamas".
Em sua exposição, Becker também exibiu um áudio gravado em 7 de outubro e que mostra um integrante do grupo palestino se vangloriando por ter assassinado judeus, bem como uma entrevista na qual um dirigente da organização promete realizar novos ataques até "aniquilar" Israel.
"O Hamas incorporou sistematicamente e ilegalmente à sua estrutura militar escolas, mesquitas, hospitais e outros lugares sensíveis. Esse é um método de guerra planejado e repugnante. Israel luta contra a desumanidade do Hamas", disse Becker, que ainda chamou a denúncia da África do Sul de "panfleto". (ANSA)
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