(ANSA) - Subiu para 23,7 mil o número de mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, segundo balanço divulgado nesta sexta-feira (12) pelo Ministério da Saúde do enclave palestino, que é controlado pelo grupo fundamentalista Hamas.
O boletim totaliza 23.708 vítimas e também contabiliza 60.005 feridos em três meses de guerra. Os mortos são, em sua maioria, "mulheres, adolescentes e crianças".
As autoridades destacam ainda que "muitas pessoas continuam sob os escombros" por causa dos ataques israelenses, "e os socorristas não conseguem chegar nelas".
Os números são atualizados no dia em que o Exército de Israel anunciou ter neutralizado numerosas infraestruturas militares do Hamas, incluindo uma rede de túneis e uma sala subterrânea utilizada para a produção de foguetes, na área do campo de refugiados de El-Bureij, no setor central da Faixa de Gaza.
Armas e outros equipamentos de combate, incluindo um foguete com alcance de 20 quilômetros e vários mísseis RPG, foram encontrados em apartamentos de civis, afirmou o Exército, citado pela agência de notícias palestina Maan.
Além disso, as forças israelenses iniciaram hoje uma redistribuição no campo de refugiados, assumindo posições na sua área oriental, que é a mais próxima da linha de demarcação com Israel.
Paralelamente, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou em sua conta no X (antigo Twitter) que o hospital AL-Shifa em Gaza, o maior da Faixa, retomou parcialmente a sua atividade.
Segundo ele, uma delegação da OMS chegou ao centro médico pela primeira vez em duas semanas levando combustível e medicamentos.
"Depois de mais de duas semanas, a equipe da OMS e seus parceiros conseguiram chegar hoje ao hospital Al-Shifa, no norte de Gaza, e entregar 9.300 litros de combustível e suprimentos médicos para cobrir mil pacientes traumatizados e 100 pacientes pós-operatórios para hemodiálise", concluiu.
Vaticano
Nesta sexta, o secretário de Estado do Vaticano, cardeal Pietro Parolin, afirmou que o papa Francisco "continua a repetir os seus apelos" por paz e pela libertação de reféns.
"Esperemos que mais cedo ou mais tarde eles façam incursões e então haja toda uma atividade diplomática de forma bastante discreta que está a decorrer para alcançar objetivos, aqueles que apelou também ao secretário de Estado americano, Antony Blinken, e que é a libertação dos reféns, o cessar-fogo, a ajuda humanitária e o início de uma solução permanente e definitiva para o problema palestino", concluiu. (ANSA).