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Morte de dona de restaurante envolvida em polêmica choca Itália

Mulher foi acusada de falsificar resenha para atrair repercussão

Restaurante fechou as portas em Lodi

Redazione Ansa

(ANSA) - A Itália se chocou com o caso da dona de um restaurante em Lodi, na Lombardia, que teria cometido suicídio após ser acusada de escrever uma resenha falsa na internet sobre seu próprio estabelecimento para atrair mais clientes.

Na última quinta-feira (11), o perfil do Facebook da pizzaria Le Vignole, de propriedade de Giovanna Pedretti, publicou a captura de tela de uma resenha com comentários homofóbicos e ofensivos contra pessoas com deficiência.

A resenha dava uma nota baixa à pizzaria, num texto em que o usuário diz que não voltaria mais porque não teria ficado confortável “ao lado de gays” e de “um garoto em cadeira de rodas que comia com dificuldade”, mas dizia que a pizza era excelente, assim como a sobremesa.

Na resposta, Pedretti aparecia defendendo os homossexuais e PCDs, pedindo que o autor não voltasse a seu restaurante.

A imagem, porém, continha elementos que levantavam suspeitas sobre a autenticidade, como a fonte da resposta, muito diferente da usada na resenha; além de a opinião não ter sido encontrada online, ao que Pedretti respondeu que apagou o texto após ter respondido.

As incongruências levaram o assunto à imprensa, com reportagens e entrevistas, inclusive em veículos de grande repercussão.

Após um retorno midiático positivo pelo posicionamento da proprietária do restaurante, a abordagem começou a mudar, criticando Pedretti e acusando-a de ter fabricado a história para obter publicidade.

Depois de negar diversas vezes que tivesse inventado tudo, o corpo da mulher foi encontrado no rio Lambro. O carro dela estava perto do local.

O Ministério Público abriu uma investigação sobre a morte e ordenou que o corpo passe por autópsia.

O estabelecimento foi fechado e um cartaz foi afixado pedindo que as pessoas não deixassem objetos e flores no local.

A família se recusou a falar com a imprensa e pediu que os jornalistas saiam do entorno de sua casa.

 (ANSA).
   

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