(ANSA) - O governo italiano anunciou que está disposto a enviar seus militares que estão no Líbano em uma missão da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Faixa de Gaza, se for necessária uma operação de paz durante uma fase de transição.
A informação foi divulgada nesta sexta-feira (19) pelo vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, em entrevista à Rádio24.
"Os mais de mil soldados italianos no Líbano estão lá para uma missão da ONU. Se for necessária uma missão de paz em Gaza durante uma fase de transição, estamos dispostos a enviar os nossos soldados para as Nações Unidas como promotores da paz", disse ele.
O chanceler italiano aproveitou para negar que os Estados Unidos querem aumentar a missão no território libanês. "Não há nenhum pedido americano para expandir a missão libanesa".
Tajani viajará para o Oriente Médio na próxima semana e deve voltar a defender o plano de paz que segue "a linha como sempre, de dois povos, dois Estados".
"Nos dias 24 e 25 estarei na Terra Santa para falar também com a Autoridade Nacional Palestina porque o Hamas não pode governar aquele território", concluiu o chefe da diplomacia italiana sobre a Faixa de Gaza.
Hoje, fontes diplomáticas informaram que os ministros das Relações Exteriores de Israel e Palestina vão participar do Conselho em Bruxelas na próxima segunda-feira (22).
Solução diplomática
Mais tarde, Tajani declarou em entrevista ao TG1: "Não se deve nunca renunciar à solução diplomática; é preciso insistir para encontrar uma solução que conduza ao caminho da paz com um Estado palestino livre e um Estado livre de Israel, que se reconheçam”.
“Este é o melhor e único caminho para alcançar a paz. Eu estarei em Israel, Palestina e Líbano na próxima semana para levar mais uma mensagem positiva e tentar impedir uma escalada”, acrescentou.
"Após o fim da guerra, acredito que uma das soluções poderia ser a presença das Nações Unidas com uma administração liderada por um país árabe, e com a presença de uma missão de paz, assim como há no Líbano. Estamos dispostos a participar", concluiu.
(ANSA).