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Oficial italiano é condenado por 'vender segredos' para russos

Ex-capitão da Marinha Walter Biot pegou 20 anos por espionagem e suborno

Ex-oficial da Marinha foi condenado a 20 anos de prisão

Redazione Ansa

(ANSA) - Um tribunal de Roma condenou nesta sexta-feira (19) um ex-oficial da Marinha da Itália a 20 anos de prisão por supostamente fornecer informações confidenciais a funcionários da embaixada russa.

O ex-capitão Walter Biot, atualmente detido na prisão militar de Santa Maria Capua Vetere, foi considerado culpado de espionagem e suborno depois de ser flagrado entregando documentos secretos a diplomatas da embaixada da Rússia em um shopping center de Roma em março de 2021.

O Ministério Público havia pedido uma condenação de 18 anos para ele, enquanto a Itália expulsou dois funcionários da embaixada russa em 2021 ligados ao caso.

O advogado de defesa de Biot, Roberto De Vita, afirmou que o julgamento foi baseado na razão de Estado e não na lei.

"É uma batalha para ele, mas também para a civilização jurídica, para que ninguém possa ser julgado com provas secretas. Passamos de 30 para 20 anos. Isto significa que quanto mais nos aprofundamos e pensamos sobre como este processo deslocou a balança da justiça para a razão de Estado e não para o Estado de direito, mais as penas são reduzidas", disse ele.

Esta foi a segunda sentença proferida ao pai de quatro filhos de Pomezia, nos arredores de Roma, depois dele ter sido considerado culpado por um tribunal militar e condenado a 30 anos de prisão em março de 2023.

"Continuando assim e sabendo o que acontece na relação e no Supremo Tribunal temos a certeza de que mais cedo ou mais tarde haverá um juiz que, reconhecendo os direitos, terá de devolver Walter Biot à sua família", concluiu De Vita. (ANSA).
   

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