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EUA e Reino Unido promovem novo ataque contra houthis no Iêmen

Grupo rebelde garantiu que ação 'não ficará impune'

Redazione Ansa

(ANSA) - Os Estados Unidos e o Reino Unido realizaram novos ataques contra o grupo rebelde Houthi no Iêmen.

Em uma segunda operação conjunta em pouco mais de dez dias, os alvos foram vários locais controlados pelo movimento xiita.

Na noite entre segunda (22) e terça-feira (23), a força-tarefa Prosperity Guardian bombardeou oito pontos dos houthis, que escondiam "sistemas de mísseis e lançamento, sistemas de defesa aérea, radares e instalações de armazenamento de armas", conforme um comunicado.

O texto especificou que os ataques visavam "enfraquecer o arsenal usado para colocar em perigo o comércio global e a vida de marinheiros inocentes".

Washington e Londres reiteraram a intenção de prevenir ataques aos navios ocidentais no Mar Vermelho, sem abrir uma nova frente de guerra.

Os houthis garantiram que os ataques não ficarão impunes, e o Irã afirmou que os EUA estão “cometendo um erro estratégico".

Em 12 de janeiro, houve outra ação militar de grande alcance liderada pelos dois países, seguida de ataques conduzidos apenas pelos EUA.

Antes do novo ataque, o presidente americano, Joe Biden, e o premiê britânico, Rishi Sunak, durante uma ligação, "reafirmaram seu compromisso com a liberdade de navegação".

A ação é mais uma tentativa de coibir a sequência de ataques houthis, que, segundo Londres, já atacaram mais de 30 cargueiros desde novembro e ao menos 12 nos últimos 10 dias, em retaliação aos ataques de Israel em Gaza.

O ministro das Relações Exteriores britânico, David Cameron, visitará a região nos próximos dias e está trabalhando com os Estados Unidos para aplicar novas sanções contra os houthis.

A União Europeia também vem manifestando preocupação com as ações, que causaram uma "queda de 22% no tráfego de contêineres no Mar Vermelho neste mês", segundo o comissário de Comércio, Valdis Dombrovskis.

De acordo com ele, "no momento não há impactos visíveis nos preços de energia ou de bens, mas já há efeitos nos preços de transporte".

Para lidar com essa crise, Bruxelas está trabalhando para tornar operacional o mais rápido possível a missão naval Aspides, após a aprovação política no último Conselho de Relações Exteriores.

O chanceler e vice-premiê italiano Antonio Tajani sinalizou que Roma estará na linha de frente da nova operação com objetivos defensivos: “A Itália é um país exportador, e portanto temos o dever de proteger os navios mercantes, e o faremos".


    (ANSA).
   

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