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Ex-reféns relatam estupros do Hamas contra homens e mulheres

Comissão do Parlamento de Israel ouviu relatos

Redazione Ansa

(ANSA) - O Parlamento de Israel (Knesset) recebeu nesta terça-feira (23) denúncias de abusos sexuais que teriam sido cometidos pelo Hamas, contra homens e mulheres, nos túneis sob a Faixa de Gaza.

Aviva Siegel, que foi feita refém em Gaza e liberada, e sua filha Shir relataram a uma comissão que “os terroristas levam roupas de bonecas para as garotas”.

Shir Siegel disse que, nos túneis onde há prisioneiros há mais de 100 dias, “neste exato momento alguém está sendo estuprado”. Ela também cobrou a presença de membros do governo que ouvissem o relato.

Durante a audiência, organizada por um grupo de deputados para acompanhar o destino dos 130 reféns ainda em Gaza, os testemunhos formaram um quadro de violências sexuais sistemáticas, que começaram ainda em 7 de outubro, contra os presentes em um festival de música eletrônica e moradores dos kibutz fronteiriços.

“Eu vi com meus próprios olhos. As meninas prisioneiras eram, para mim, como minhas filhas. Os terroristas levaram a elas roupas impróprias, para bonecas. Transformaram-nas em fantoches com quem fazer o que quiser, quando quiser”, relatou Aviva, cujo marido segue refém.

“Ainda hoje não respiro. É como se tivesse ficado lá. Os garotos também foram abusados, como as garotas. Não vão engravidar, mas também se tornaram fantoches”, disse.

Ainda nesta terça-feira, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estimou que, em Gaza, mais de mil crianças sofreram a perda de um membro durante os bombardeios israelenses, “mudando profundamente suas vidas”. O dado foi divulgado em uma publicação no X (antigo Twitter).

Também a respeito do conflito, o porta-voz do Conselho de Segurança dos Estados Unidos, John Kirby, afirmou que o país está aberto a apoiar “longas pausas humanitárias para a liberação dos reféns e entrega de ajuda humanitária a Gaza”.

O enviado americano para o Oriente Médio, Brett McGurk, está em visita à região para tratar sobre um possível acordo.

Kirby ressaltou que os EUA não querem “ver uma redução do território de Gaza” após o conflito.

(ANSA).
   

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