Último momento

Vice-premiê da Itália apela a Israel por solução de dois Estados

Tajani se reuniu com Herzog durante viagem a Oriente Médio

Redazione Ansa

(ANSA) - O vice-premiê e ministro das Relações Exteriores da Itália, Antonio Tajani, chegou nesta quinta-feira (25) a Jerusalém, no âmbito de sua viagem de dois dias ao Oriente Médio, e reafirmou o seu apoio a Israel contra o terrorismo, mas defendeu a necessidade de uma solução de dois Estados para encerrar o conflito na Faixa de Gaza.

"Apoiamos fortemente as ações do governo israelense contra organizações terroristas e, ao mesmo tempo, queremos abordar com nossos amigos israelenses a preparação para um retorno ao confronto político e diplomático", declarou Tajani ao se reunir com o presidente de Israel, Isaac Herzog.

O chanceler italiano destacou ainda que "após as operações militares em Gaza, será necessário identificar imediatamente um caminho político para evitar que os atuais confrontos" se repitam e se espalhem na região.

"Devemos iniciar um caminho político que conduzirá inevitavelmente à fórmula da solução de dois Estados", enfatizou.

Durante a reunião, Tajani, que também se encontrou com familiares dos reféns detidos pelo grupo fundamentalista islâmico Hamas, reafirmou a sua condenação aos ataques terroristas de 7 de outubro e renovou o apelo ao governo israelense para "proteger de todas as formas as vidas dos civis palestinos durante as operações militares".

Entre os temas discutidos com Herzog, o chanceler italiano mencionou "a necessidade de proteger os cristãos, tanto os poucos que permanecem em Gaza como os cidadãos árabes cristãos presentes na Cisjordânia", informou a Farnesina.

Já em suas redes sociais, Tajani admitiu que "não haverá resultados decisivos desta missão, mas devemos trazer para casa um pequeno resultado todos os dias, ou seja, realizar pequenas ações pela paz".

"Acreditamos na solução 'duas pessoas, dois estados', não é fácil porque há combates em Gaza e nenhuma das partes quer esta solução, mas é a única que pode trazer a paz. Insistiremos em conversações tanto com os palestinos quanto com os israelenses", escreveu.

Segundo ele, "a Itália está determinada e trabalha em conjunto com a União Europeia, vamos liderar o G7 e lá também vamos insistir na solução de 'dois povos e dois Estados', ambos devem ter o direito de existir sem receber ameaças".

Em resposta a uma pergunta de um seguidor, o chanceler confirmou que "a Itália continua a tratar crianças palestinas feridas com o seu navio-hospital, os pediatras italianos também as tratam nos Emirados e estamos dispostos a tratar 100 crianças palestinas feridas em hospitais pediátricos italianos". 

Palestina 

Hoje,  Tajani também se reuniu com o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, na Cisjordânia, e voltou a defender uma solução de dois Estados para encerrar o conflito entre Israel e o grupo fundamentalista islâmico Hamas na Faixa de Gaza.

"O objetivo é iniciar um processo político para chegar a um verdadeiro Estado palestino que possa viver em paz com o Estado israelense, respeitando as necessidades de segurança de Israel", afirmou ele.

O chanceler italiano destacou ainda que sua "missão aqui é uma missão de proximidade e solidariedade com a Autoridade Nacional Palestina".

Abbas teria pedido à Itália e à União Europeia que se preparassem para estar próximos da ANP na reconstrução de Gaza, onde 70% dos edifícios foram destruídos e os serviços para a população e as infraestruturas já não funcionam, segundo fontes palestinas.

Enquanto as negociações e o processo político avançam, os relatos indicaram que Abbas afirmou que a população palestina que vive na Faixa deve ser ajudada.

"Também trabalharemos para reconstruir as igrejas e os edifícios da comunidade cristã", concluiu ele.
    Depois de recordar que a ANP não tem nada em comum com o Hamas, Abbas ressaltou que está fazendo e continuará a fazer reformas no governo, enfatizando que, no final da guerra, implementará uma renovação da sua administração.
    De acordo com as fontes, Abbas afirmou ainda que é preciso "conseguir alcançar rapidamente a paz e alcançar um Estado Palestino dentro das fronteiras de 1967".
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it