Política

Agricultores levam protesto com tratores para Roma

Atos criticam excesso de regulamentação ambiental na agropecuária

Redazione Ansa

(ANSA) - Os agricultores italianos realizam neste sábado (3) protestos em várias cidades do país europeu, incluindo Roma, em uma tentativa de pressionar o governo de Giorgia Meloni.

As manifestações com tratores tomaram a União Europeia nos últimos dias, especialmente em países como Bélgica e França, e agora começam a se disseminar também na Itália. Os atos ocorrem enquanto os trabalhadores organizam um protesto nacional em Roma para a próxima semana.

Em Formello, município ao norte da capital italiana, cerca de 40 pessoas com ao menos 20 tratores seguiram um cortejo escoltado pela polícia. Já em Valmontone, os manifestantes com outros 20 tratores ficaram parados na rotatória da Via della Pace.

"Acabamos de sair da sede da polícia, a manifestação vai acontecer. Segunda-feira à noite, após a reunião com a sede da polícia, porque há outras fiscalizações a serem feitas, mas isso será feito", declarou Danilo Calvani, líder dos agricultores, após uma reunião na delegacia de Roma.

Segundo ele, "as políticas verdes são devastadoras para o nosso setor. Não tanto como um conceito interno, mas como políticas que nos impedem de produzir. Mas não impedem o mercado livre que traz bens para a Europa".

Outros 200 tratores se deslocam de Benevento em direção ao Vale Telesina, coração da viticultura Sannita, ao longo da estrada que liga Tirreno ao Adriático.

Os protestos continuam em Abruzzo, na cidade de Castel Di Sangro, onde 50 tratores retardam o trânsito na rodovia estadual e também na planície de Rosarno, na província de Reggio Calabria, onde foram estacionados tratores e veículos de trabalho nas laterais da estrada.

A marcha dos tratores também começou em Casal di Principe, na região de Caserta, no sul da Itália, com cerca de 30 tratores.

Até o momento, não há relatos de acidentes. Assim como no restante da União Europeia, a categoria critica o excesso de regulamentação ambiental na agropecuária, a alta do preço do diesel - combustível das máquinas agrícolas - e o acordo comercial com o Mercosul, que parece cada vez mais longe de se tornar realidade.

Além disso, o setor na Itália também pede o fim da desoneração do imposto de renda para pessoas físicas (Irpef) para agricultores, que estava em vigor desde 2017. O benefício foi revogado no fim do ano pelo governo da premiê Giorgia Meloni, que agora estuda reintroduzir a medida para agricultores que não sejam proprietários de grandes extensões de terra. (ANSA).
   

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