(ANSA) - Um novo caso de estupro coletivo contra uma menina de apenas 13 anos na cidade de Catânia, na região da Sicília, voltou a chocar a Itália neste domingo (4).
A violência ocorreu no último dia 30 de janeiro por um grupo de sete homens, sendo dois menores, de origem egípcia, na casa de banho pública da Villa Bellini, o maior jardim público de Catânia.
Segundo as autoridades, o estupro foi cometido, de fato, por dois integrantes diante dos olhos do namorado da vítima, de 17 anos, que foi reprimido pelos outros cinco rapazes e forçado a testemunhar o abuso.
"Eu te imploro, eu te imploro, não me machuque, me deixe ir", disse a vítima após ser abordada, de acordo com o relato à polícia.
Após ser abusada várias vezes, ela conseguiu fugir do banheiro e foi socorrida por pedestres, que logo acionaram o serviço de emergência. Todos foram detidos.
Neste domingo (4), a adolescente identificou os dois menores que cometeram o estupro e um adulto após a polícia italiana promover um "alinhamento ao estilo americano dos supostos membros da gangue".
Por outro lado, ela não conseguiu identificar os outros quatro possíveis integrantes do grupo, alegando não ter visto os seus rostos e não querer acusar pessoas inocentes. No entanto, todos eles foram identificados por seu namorado. Um dos acusados também admitiu ter participado do crime.
Os carabineiros ainda colheram materiais biológicos para extrair DNA e comparar com as manchas de sangue encontradas na menor. Ao todo, há duas investigações abertas por violência sexual grupal agravada, a do Ministério Público e a dos Carabineiros da Unidade de Investigação do Comando Provincial de Catânia.
Um interrogatório dos sete integrantes do grupo detidos será realizado na manhã desta segunda-feira, no Palácio da Justiça de Catânia, diante do juiz de instrução Carlo Umberto Cannella.
O subprocurador Sebastiano Ardita e a deputada Anna Trinchillo pediram a emissão de ordem de prisão preventiva contra quatro dos suspeitos e prisão domiciliar para o quinto, que, durante as primeiras fases das investigações, colaborou na identificação da "gangue" acusada de participar da violência.
Em publicação nas redes sociais, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, lamentou o caso. "Enquanto estava aqui, li uma notícia que realmente me impressionou, uma jovem de 13 anos que foi vítima de violência de gangues. Expresso minha solidariedade a vocês, o Estado está aí e garantirá que a justiça seja feita", confirmou. (ANSA).