Último momento

Houthis ameaçam Itália contra participação em operação da UE

Houthis reivindicam ataque a cargueiro americano

Redazione Ansa

(ANSA) - Em uma entrevista publicada nesta segunda-feira (5) no jornal La Repubblica, Mohammad Ali al-Houthi, chefe do Supremo Comitê Revolucionário Houthi, ameaçou a Itália, afirmando que o país se tornará um alvo caso se envolva em ataques contra o grupo rebelde.

“A Itália se tornará um alvo se tomar parte na agressão contra o Iêmen. Seu envolvimento será considerado uma escalada e militarização da área, e não será eficaz. A passagem de navios italianos e de outros locais durante as operações em apoio a Gaza são prova de que temos um alvo claro”, afirmou.

A declaração foi dada em referência ao fato de que o país cederá o “Force Commander” (Comandante da Força) para a operação Áspide da União Europeia, que terá o objetivo de garantir a segurança da navegação no Mar Vermelho ante as tensões com os iemenitas.

Al-Houthi instou a Itália a tomar posição de neutralidade no conflito entre Israel e Palestina, origem dos conflitos na rota mercantil. O grupo que constitui a principal força militar e institucional do conflagrado país árabe nos últimos 10 anos, e que controla a capital Sanaa, entrou no conflito ao lado do Hamas, atacando navios que se dirigem para Israel.

Na entrevista, o iemenita afirmou que o grupo mira apenas embarcações relacionadas com Israel e disse que a tomada de posição no conflito é baseada em “fé e humanidade”. Sobre a classificação pelos Estados Unidos como grupo terrorista, ele classificou como “honra”: “A classificação é política e incorreta, não tem justificativa e não nos afeta”.

Apesar de a missão europeia ter sido anunciada como estritamente defensiva, sem intenção de ataque, Al-Houthi afirmou: “Aconselhamos os europeus a pressionar mais as pessoas responsáveis pelos horrores em Gaza. Nossas operações são dirigidas a parar a agressão, objetivo legítimo a ser perseguido”.

Questionado sobre as declarações, o vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, disse que o país não se intimidará: “Nós defendemos o tráfego mercantil, não atacamos ninguém mas não queremos ser atacados por ninguém. Há uma livre circulação marítima, se houver ataques responderemos defendendo os navios mercantis italianos”.

 (ANSA).
   

Leggi l'articolo completo su ANSA.it