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Israel diz que operações em Gaza aproximam de acordo por reféns

Ministro da Defesa destacou 'aprofundamento' da missão em Rafah

Israel intensificou ataques no sul da Faixa de Gaza

Redazione Ansa

(ANSA) - O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, declarou que o "aprofundamento" das operações na Faixa de Gaza aproxima o país de um "acordo realista" para a liberação dos reféns no enclave palestino.

A emissora árabe Al Jazeera informou que pelo menos 25 pessoas faleceram e dezenas ficaram feridas em um bombardeio israelense em Rafah, na Faixa de Gaza, mas que atingiu um prédio residencial.

"O aprofundamento das operações em Gaza nos ajuda a aproximar de um acordo realista para o regresso dos reféns. Entramos no coração dos locais mais sensíveis do Hamas e estamos usando a sua inteligência contra eles", declarou o político.

No entanto, o grupo fundamentalista islâmico Hamas alertou que o prosseguimento da operação terrestre de Israel em Rafah "quebraria as negociações de troca de reféns".

"Netanyahu quer que a guerra continue para se manter no poder e não quer perder sua coalização de direita. Ele deseja seguir lutando até as eleições norte-americanas de novembro para que Trump ganhe", declarou Mohammed Nizal, uma figura importante do Hamas.

As ofensivas israelenses à Faixa de Gaza nas últimas 96 horas acabaram matando dois reféns e feriram gravemente outros oito, segundo informações das Brigadas Al-Qassam, braço armado do grupo islâmico.

Em entrevista à ABC, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, rejeitou os apelos para que o país evite uma ofensiva militar em Rafah.

"Aqueles que dizem que sob nenhuma circunstância devemos entrar em Rafah estão basicamente nos dizendo para perdermos a guerra ou manter o Hamas por lá", disse o chefe de governo.

A cidade mais meridional de Gaza se tornou ao longo do conflito um refúgio para quase um milhão de palestinos deslocados para o sul.

No tradicional Angelus, celebrado hoje, o papa Francisco voltou a rezar pelos países que passam por conflitos, como Ucrânia, Palestina e Israel. (ANSA).
   

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