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Israel dá até 10 de março para Hamas libertar reféns

País judeu ameaça fazer incursão de larga escala em Rafah

Palestinos brincam em acampamento para deslocados em Rafah, sul da Faixa de Gaza

Redazione Ansa

(ANSA) - O governo de Israel deu até o início do Ramadã, o mês sagrado do Islã, em 10 de março, para o Hamas libertar os reféns sequestrados em 7 de outubro e evitar uma ofensiva em larga escala na cidade de Rafah, no extremo-sul da Faixa de Gaza.

O município fica na fronteira com o Egito e abriga atualmente 1,5 milhão de pessoas, muitas delas refugiadas de outras regiões do enclave e que não teriam mais para onde fugir no caso de uma incursão israelense.

"O mundo e os líderes do Hamas devem saber que se nossos reféns não estiverem em casa até o Ramadã, os combates continuarão na área de Rafah", disse o ministro do gabinete de guerra de Israel, Benny Gantz.

"Faremos isso de modo coordenado, em diálogo com nossos parceiros americanos e egípcios, para facilitar a evacuação e reduzir ao mínimo o número de vítimas civis", acrescentou.

O Ministério da Saúde de Gaza, enclave controlado pelo Hamas, diz que a ofensiva israelense já matou mais de 29 mil palestinos, em sua maioria mulheres e crianças, mas a comunidade internacional teme um massacre ainda maior no caso de uma incursão em Rafah.

"As pessoas que estão em Rafah foram para lá a pedido do exército israelense e não podem sumir no céu, elas precisam poder voltar ao norte e, para isso, é necessária uma trégua", disse a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock.

No entanto, ela acrescentou que o Hamas é "fortemente ativo" em algumas áreas de Rafah e precisa "depor as armas". "Para nós, Israel tem direito de se defender", ressaltou. (ANSA)

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