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UE prepara sanções contra Rússia por morte de Navalny

Bloco culpa o presidente Vladimir Putin pelo falecimento

Homenagens a Navalny diante da Embaixada da Rússia em Berlim

Redazione Ansa

(ANSA) - A União Europeia prepara uma rodada de sanções contra os supostos culpados pela morte do líder de oposição russo Alexei Navalny, que faleceu na colônia penal no Ártico onde estava encarcerado.

"Os Estados-membros vão propor seguramente sanções contra os responsáveis", disse nesta segunda-feira (19) o alto representante da UE para Política Externa, Josep Borrell, à margem da reunião de ministros das Relações Exteriores do bloco em Bruxelas.

"O responsável é o próprio Putin, mas podemos descer até a estrutura institucional do sistema penitenciário na Rússia", acrescentou Borrell.

Já a ministra das Relações Exteriores da Alemanha, Annalena Baerbock, destacou que o 13º pacote de sanções contra Moscou no âmbito da invasão à Ucrânia levará em conta a morte de Navalny. "Estamos nos detalhes finais", acrescentou.

Além disso, Borrell propôs que o regime de sanções da UE sobre direitos humanos tenha o nome do dissidente russo, "de modo que ele seja lembrado para sempre". As novas punições contra o regime de Vladimir Putin, no entanto, enfrentam oposição da Hungria, país do bloco que mais simpatiza com o presidente russo.

"A União Europeia, afetada por psicose bélica, quer apenas obedecer Washington, a imprensa liberal e as ONGs", declarou o ministro húngaro das Relações Exteriores, Péter Szijjártó, salientando que as sanções são "uma solução de fachada".

Enquanto isso, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse que também cogita aplicar novas sanções à Rússia por conta da morte de Navalny. "Já temos sanções em vigor, mas estamos considerando outras", salientou o mandatário democrata em encontro com jornalistas.

A colônia penal onde Navalny estava encarcerado informou à mãe e ao advogado do dissidente que ele foi vítima de "síndrome de morte súbita", mas a família e aliados do opositor acusam a Rússia de esconder o corpo.

"Não estamos envolvidos nessa questão, essa não é uma função da administração presidencial", rebateu o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, nesta segunda. (ANSA)

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