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Parentes pedem justiça 1 ano após tragédia migratória na Itália

Naufrágio de barco em Cutro matou 94 pessoas em 2023

Vítimas da tragédia de Cutro foram homenageadas em uma praia na Itália

Redazione Ansa

(ANSA) - Quase um ano depois da tragédia de Cutro, que matou 94 migrantes no sul da Itália, as famílias das vítimas ainda aguardam o resultado do processo judicial por falta de assistência e desastre culposo.

Em 26 de fevereiro de 2023, um precário barco que levava cerca de 180 pessoas naufragou a poucos metros da costa da cidade de Cutro, na província de Crotone. Entre as 94 vítimas, 34 eram crianças.

"Não é fácil voltar aqui. É uma cicatriz que se reabre. Estamos aqui pedindo verdade e justiça que não vimos para um massacre que era evitável", diz Alidad Shiri, jornalista de origem afegã que vive e trabalha em Bolzano.

Em um encontro organizado para homenagear as vítimas da tragédia, Shiri falou em nomes dos familiares dos mortos. Ela perdeu um parente no naufrágio.

"Meu primo tinha 17 anos e sonhava em viver em liberdade. Mesmo depois de um ano, não me atrevo a dizer à minha tia que não encontramos o corpo. Caso existisse uma lei sobre o reagrupamento familiar, massacres como o de Cutro não aconteceriam. Pedimos a reunificação, mas só houveram promessas do governo", lamentou a afegã.

Maria Grazia Gabrielli, secretária nacional da Confederação Geral Italiana do Trabalho (CGIL), que é o maior sindicato do país europeu, declarou ser necessário promover mudanças nas políticas migratórias.

Em meio às homenagens ocorridas nesta sexta-feira (22), o ministro do Interior da Itália, Matteo Piantedosi, depositou um ramo de flores no túmulo de um recém-nascido que morreu no naufrágio de Cutro e está sepultado no cemitério de Crotone. (ANSA).
   

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