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Agressões contra manifestantes causam indignação na Itália

Estudantes, inclusive menores, receberam golpes de cassetete

Houve embates entre estudantes e polícia

Redazione Ansa

(ANSA) - Registros de manifestantes e estudantes agredidos a golpes de cassetete pelas forças de ordem em protestos indignaram a Itália e entraram no centro de um embate político no país.

Os casos ocorreram nesta sexta-feira (23), inclusive contra menores de idade, em protestos pró-Palestina em Florença e em Pisa. O ministro do Interior, Matteo Piantedosi, vem sendo responsabilizado pela oposição.

Neste sábado (24) até mesmo o presidente da Itália, Sergio Mattarella, criticou a ação policial.

“O presidente manifestou ao ministro do Interior, encontrando concordância, que a autoridade das forças de ordem não se mede por cassetetes, mas pela capacidade de garantir segurança, tutelando, simultaneamente, a liberdade de pública manifestação de opiniões. Os cassetetes contra jovens demonstram um fracasso”, disse uma nota da presidência.

A secretária do Partido Democrático (PD) e líder de oposição Elly Schlein disse: “Pisa deu uma extraordinária resposta democrática. Chega de agressões contra estudantes. Piantedosi deve dar esclarecimentos ao Parlamento e assumir responsabilidade. Não podemos assistir a cenas inaceitáveis de agressões contra menores, menores presos e imobilizados no chão”.

O co-porta-voz do partido Europa Verde, Angelo Bonelli, pediu a imediata demissão do chefe de polícia de Pisa: “Vi a fúria da polícia que descarregou uma violência incrível. Não há nada que possa justificar essa violência. Esperamos esclarecimentos e o chefe de polícia deve ser removido”.

Já o ministro da Agricultura, Francesco Lollobrigida, disse que as forças de ordem “sempre cumprem seu dever”: “Houve pressão em uma manifestação e reação da polícia. Acredito que ajam sempre pelo interesse da segurança dos cidadãos e nada mais”.

O vice-premiê e chanceler da Itália, Antonio Tajani, disse que as forças de ordem são “intocáveis”: “São pessoas que defendem o Estado com salários baixos, não são ‘radicais chic’”.


    (ANSA).
   

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