(ANSA) - Em meio à crise diplomática com Israel, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a classificar as ações do país judeu na Faixa de Gaza como genocídio.
Em um discurso no Rio de Janeiro e, posteriormente, no X (antigo Twitter), Lula disse: "Da mesma forma que eu disse quando estava preso que eu não aceitaria acordo para sair da cadeia e que eu não trocaria a minha liberdade pela minha dignidade, eu digo: não troco a minha dignidade pela falsidade".
"Eu sou favorável à criação do Estado Palestino livre e soberano. Que possa esse Estado Palestino viver em harmonia com o Estado de Israel. O que o governo de Estado de Israel está fazendo não é guerra, é genocídio", acrescentou.
"Crianças e mulheres estão sendo assassinadas. Não tentem interpretar a entrevista que eu dei. Leiam a entrevista e parem de me julgar a partir da fala do primeiro-ministro de Israel", concluiu o presidente.
Ele não voltou a citar o Holocausto, como fez no último dia 18, despertando a ira de Israel.
O premiê Benjamin Netanyahu e o chanceler Israel Katz afirmaram que Lula é "persona non grata" no país até que se retrate, enquanto a diplomacia brasileira considerou a reação inadequada e exagerada. (ANSA).