(ANSA) - O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, afirmou neste sábado (24), data que marca o segundo aniversário do conflito com a Rússia: “Venceremos!”.
“Estamos lutando por isso. Por 730 dias de nossas vidas. E venceremos, no dia mais bonito de nossas vidas. Você pode derrubar um avião, mas não pode destruir nosso sonho. O sonho com o qual cada um de nós adormece e acorda há 730 dias”, disse o líder de Kiev.
“Nenhum de nós permitirá que nossa Ucrânia seja destruída. Ao lado da palavra ‘Ucrânia’ sempre estará a palavra 'independente'. A loucura russa não reinará sobre nossa terra, nosso mar, nosso céu”, acrescentou.
“Os russos, começando pelo [presidente, Vladimir] Putin, terão que responder pelas responsabilidades pelo que fizeram. Graças à nossa luta, o mundo entenderá que não há força maior do que um povo que acredita em si mesmo. Estou orgulhoso do meu povo", disse Zelensky.
As declarações foram dadas em um vídeo divulgado pela presidência, e durante uma cerimônia de lembrança da Batalha de Hostomel, no início do conflito, quando o aeroporto da cidade próxima a Kiev foi atacado.
A primeira-dama, Olena Zelenska, lembrou os impactos do conflito sobre as crianças: “Mais de 2 milhões de crianças tiveram que deixar a Ucrânia devido à invasão russa, 528 crianças foram mortas pelas mãos, balas, mísseis e drones russos. Pelo menos 1.230 crianças ficaram feridas e mais de 330 casos precisaram de próteses”.
“Mais de 19 mil crianças foram sequestradas pela Rússia dos territórios temporariamente ocupados. Temos um terço a menos de nascidos, 187 mil em 2023 em comparação com os 237 mil de 2021”, disse.
“A guerra desencadeada pela Rússia visa deliberadamente as crianças. Mas elas têm a nós, seus adultos. Estamos lutando por eles e não os entregaremos à guerra. É impossível devolver os dois anos de infância roubados, mas é possível fazer com que 24 de fevereiro de 2022 seja apenas um episódio. Dramático, mas apenas um fragmento”, concluiu.
Entre os líderes mundiais que manifestaram apoio por ocasião da data, o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, instou a Ucrânia e seus aliados a "não desanimarem”: “A situação no campo de batalha continua extremamente difícil. O objetivo do presidente Putin de dominar a Ucrânia não mudou e não há sinal de que ele esteja se preparando para a paz. Mas não devemos perder a esperança".
Em Kiev, a presidente do Poder Executivo da União Europeia, Ursula von der Leyen, disse: “A Europa irá apoiá-los pelo tempo que for necessário, haverá mais apoio financeiro, mais munições. O sonho que os ucranianos têm é de ter um lugar na família europeia e juntos realizaremos esse sonho. A Ucrânia em paz fará parte da Europa".
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, visitou as tropas nos territórios ocupados da Ucrânia no segundo aniversário da guerra. Foi anunciado pelo exército de Moscou em um comunicado. "Hoje, nas relações de força, a vantagem está do nosso lado", disse o ministro aos militares.
Na Rússia, foi registrado um grande incêndio em uma planta metalúrgica no centro-sul do país. Uma fonte anônima ucraniana afirmou à CNN que Kiev está por trás do ataque: “É uma das maiores plantas metalúrgicas da Rússia. A planta opera no setor militar-industrial. As matérias-primas são usadas na produção de mísseis, artilharia, drones: é um alvo legítimo para a Ucrânia".
O ministro da Defesa russo, Sergei Shoigu, visitou as tropas nos territórios ocupados da Ucrânia, segundo o exército de Moscou informou em um comunicado: "Hoje, nas relações de força, a vantagem está do nosso lado", disse o ministro aos militares.
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