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Governo italiano trabalha com ONU para aumentar ajuda a Gaza

Hamas relatou que não há progresso em negociações

Palestinos sendo evacuados pelo corredor de Rafah

Redazione Ansa

(ANSA) - O vice-premiê da Itália e ministro das Relações Exteriores, Antonio Tajani, disse nesta segunda-feira (4) que seu governo trabalha com a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) para aumentar a ajuda humanitária em Gaza.

"O nosso embaixador na FAO começou a contatar os representantes das organizações das Nações Unidas presentes em Roma para melhor coordenar a ajuda que pode ser dirigida à população palestina", afirmou o chanceler italiano em Saravejo.

Tajani explicou que ainda será necessário "ver como" enviará o auxílio, "ou através do lançamento por aviões ou caminhões em Rafah, mas talvez seja necessário fazer mais alguma coisa, o slogan poderia ser 'comida para Gaza'".

"Estamos trabalhando para coordenar e incentivar o envio de ajuda à população que sofre com a guerra da melhor maneira possível", acrescentou.

O chanceler italiano garantiu ainda que espera "poder organizar uma primeira reunião nos próximos dias".

A guerra deflagrada por Israel contra o grupo fundamentalista Hamas após o massacre de 7 de outubro de 2023 criou uma crise humanitária de enormes proporções no meio do colapso do sistema de saúde local, dificuldades na prestação de ajuda e deslocamento interno generalizado.

Além disso, já provocou a morte de 30.534 pessoas na Faixa de Gaza. Em comunicado, o Ministério da Saúde do Hamas, que controla o enclave palestino, também informou que somente nas últimas 24 horas foram registradas 124 vítimas, enquanto há um total de 71.920 pessoas feridas.

Hoje, inclusive, um responsável político do Hamas, Basim Naim, disse em entrevista à BBC que a organização não pode fornecer a Israel uma lista de reféns ainda vivos porque não sabe quantos são e onde estão localizados.

Na conversa, divulgada pela imprensa israelense, Naim afirma que "até agora nenhuma lista foi apresentada". "Técnica e praticamente, é impossível saber exatamente quem ainda está vivo, quem morreu em ataques israelenses ou de fome devido ao bloqueio".

"Os reféns estão em zonas diferentes, nãos mãos de grupos diferentes. Pedimos tréguas também para recolher informações", concluiu. 

Cessar-fogo

Um alto funcionário do Hamas disse que “não há progresso real” nas negociações sobre a libertação dos reféns e acusou Israel de não dar “respostas claras aos pedidos do grupo fundamentalista islâmico.

Em declaração dada ao canal libanês Al Mayadeen, a fonte explica que Israel não deu respostas claras sobre o cessar-fogo, a retirada da Faixa de Gaza e o regresso dos deslocados”.

Além disso, destacou que o Hamas “insiste nestas exigências antes de tomar qualquer posição sobre os reféns israelenses”. “Os mediadores egípcios e do Catar continuam a fazer progressos nas negociações, mas enfrentam dificuldades extremas”, concluiu.

Mais cedo, o Hamas já havia dito que continua as negociações para garantir uma trégua em Gaza, apesar da decisão de Israel de não participar.

“As negociações no Cairo continuam pelo segundo dia, independente da presença da delegação israelense no Egito”, afirmou um funcionário do Hamas à Reuters. (ANSA)

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