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ONU encontra evidências de crimes sexuais cometidos pelo Hamas

Grupo fundamentalista rejeitou relatório e negou acusações

Redazione Ansa

(ANSA) - Uma equipe de especialistas da Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou nesta terça-feira (5) que há "informações convincentes" para acreditar que o grupo fundamentalista islâmico Hamas cometeu violência sexual, incluindo estupros coletivos, torturas sexuais e outros tratamentos desumanos às mulheres, durante os ataques de 7 de outubro.

A informação, divulgada pela BBC, consta em um relatório de 24 páginas da ONU produzido pelo grupo de Pramila Patten, enviada especial da organização para violência sexual em conflitos, que chegou a visitar Israel e Cisjordânia entre 29 de janeiro e 14 de fevereiro.

"A equipe da missão encontrou informações claras e convincentes de que alguns reféns levados para Gaza foram submetidos a várias formas de violência sexual relacionadas ao conflito e tem motivos razoáveis para acreditar que essa violência possa estar acontecendo", detalha o relatório.

O documento explica que a visita dos especialistas de Patten não tinha o objetivo de ser "de natureza investigativa", mas mesmo assim conseguiu coletar informações.

A equipe descobriu, em diversos lugares, "que vários corpos totalmente nus ou parcialmente nus da cintura para baixo foram recuperados - principalmente mulheres - com as mãos amarradas e atingidos várias vezes, muitas vezes na cabeça".

Para Patten, o padrão de despir e restringir as vítimas "pode ser indicativo de algumas formas de violência sexual".

Por sua vez, o Ministério das Relações Exteriores de Israel disse que parabenizou o "reconhecimento final de que o Hamas cometeu crimes sexuais".

Já o Hamas emitiu um comunicado no qual nega novamente as acusações e "rejeita e deplora" o relatório publicado pelas Nações Unidas sobre a violência sexual.

Segundo o grupo fundamentalista islâmico, as "alegações" de violação e violência sexual cometidas por membros do Hamas durante o ataque são "falsas" e "infundadas", e o relatório da ONU "não cita nenhum testemunho das vítimas". (ANSA).
   

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