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Líderes europeus evitam parabenizar Putin por vitória

Presidente foi reeleito com mais de 87% dos votos

Redazione Ansa

(ANSA) - Líderes de países europeus evitaram parabenizar o presidente da Rússia, Vladimir Putin, por sua vitória nas eleições encerradas no último domingo (17).

Segundo a Comissão Eleitoral Central, o mandatário recebeu 87,29% dos votos, recorde na história do país.

"As condições de uma eleição livre, plural e democrática não foram respeitadas de novo", disse o Ministério das Relações Exteriores da França.

Já Cerstin Gammelin, porta-voz do presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, afirmou que não haverá uma carta de felicitações a Putin. "Hoje penso nas pessoas que lutam pela liberdade e democracia na Rússia e que vivem em constante perigo por causa do regime de Putin", escreveu o chefe de Estado alemão no X (antigo Twitter).

Por sua vez, o ministro da Defesa do Reino Unido, Grant Shapps, definiu o líder russo como um "Stálin dos nossos dias", enquanto a ex-república soviética da Lituânia destacou que as eleições "não foram justas nem livres e não respeitaram nenhum padrão democrático".

Uma das únicas exceções na Europa foi o presidente de Belarus, Aleksandr Lukashenko, aliado fiel do Kremlin e que felicitou Putin por sua "vitória convincente". No restante do mundo, o presidente russo também recebeu os parabéns de países como Bolívia, China, Coreia do Norte, Cuba, Irã e Tajiquistão.

Na Itália, a primeira-ministra Giorgia Meloni ainda não se pronunciou, porém o vice-premiê Matteo Salvini, historicamente simpático a Putin, disse que, "quando um povo vota, ele sempre tem razão".

O outro vice-premiê do país, Antonio Tajani, também ministro das Relações Exteriores, foi questionado sobre a declaração de Salvini e destacou que as eleições na Rússia "foram caracterizas por pressões fortes e até violentas".

"[Alexey] Navalny foi excluído das eleições com um homicídio, vimos as imagens de soldados nas urnas, não me parece que tenha sido uma eleição que respeita os critérios que nós respeitamos", ressaltou. (ANSA)

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