(ANSA) - A Autoridade Nacional Palestina (ANP) acusou Israel de começar a "destruir" Rafah, cidade situada no sul da Faixa de Gaza, mas "sem anunciá-lo para evitar reações internacionais e sem esperar a permissão de ninguém".
A declaração foi publicada pelo Ministério das Relações Exteriores da ANP nas redes sociais, após um ataque aéreo israelense ter atingido duas casas e um apartamento no município na fronteira com o Egito, na madrugada desta terça-feira (19), provocando a morte de ao menos 14 pessoas.
O balanço de vítimas foi divulgado pela agência de notícias palestina Wafa, que também contabiliza oito mortes em um bombardeio no campo de refugiados de Jabalia, no norte de Gaza.
Líderes internacionais vêm tentando convencer o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, a desistir de uma ofensiva por terra em Rafah, para onde fugiram centenas de milhares de palestinos provenientes de outras áreas do enclave, e agências internacionais temem um agravamento da catástrofe humanitária na região.
No entanto, o primeiro-ministro diz que não é possível derrotar o grupo fundamentalista Hamas sem atacar a cidade.
"Estamos determinados a concluir a eliminação dos batalhões do Hamas em Rafah, e não há maneira de fazer isso sem uma entrada de forças terrestres", afirmou Netanyahu nesta terça.
Já a premiê da Itália, Giorgia Meloni, alertou que uma incursão por terra em Rafah "poderia ter consequências ainda mais catastróficas contra os civis aglomerados na região".
"Vamos reiterar nossa contrariedade a uma ação militar terrestre em Rafah e reafirmar a necessidade de garantir a entrega em segurança de ajudas humanitárias", disse a primeira-ministra em audiência no Senado na véspera de uma reunião do Conselho Europeu. (ANSA)
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